O debate da Educação na Rio+20

O Documento de contribuição brasileira à Conferência Rio+20 traz por temas os posicionamentos que o país adotará durante os debates da Conferência. Com relação à educação, por exemplo, o documento diz que:

O acesso de todos a uma educação de qualidade é condição essencial para o  desenvolvimento sustentável.  A educação constitui  um dos principais vetores de inclusão e  ascensão social, principalmente quando é democrática e respeita a diversidade.

Ao mesmo tempo em que se deve buscar a ampliação do acesso em todas as esferas, da pré-escola à pós-graduação, é necessária a promoção de práticas educacionais que contribuam para a mudança dos padrões de interação com o meio ambiente. Programas transversais de educação ambiental devem ser estimulados, e a formação profissional precisa estar voltada para a inovação e a implementação de padrões de produção e consumo sustentáveis, valorizando as necessidades e o conhecimento locais.

Uma estratégia de democratização do ensino e do acesso ao conhecimento não pode  estar dissociada de um amplo processo de inclusão digital e de incorporação das novas tecnologias  de comunicação ao ensino. É necessário trabalhar para diminuir a desigualdade no acesso existente  entre países e entre indivíduos.

Os espaços educadores sustentáveis devem avançar estratégias para o desenvolvimento  da cultura da sustentabilidade. Tais espaços são construídos a partir da adequação dos espaços  físicos a padrões sustentáveis, da adoção de processos de gestão participativos e da inclusão dos  temas do desenvolvimento sustentável nas propostas político-pedagógicas.

A preocupação com debate sobre Educação na Conferência também é tema do Grupo de Trabalho de Educação da Rio+20. O relatório do GT, intitulado ‘A educação que precisamos para o mundo que queremos’, trata da conjuntura global de crise, e sua consequência econômica, social e ambiental, por exemplo, e da mobilização da sociedade civil para enfrentar os desafios que se impõem frente a essa situação. “A crise global é também uma crise da educação – assumida como educação ao longo da vida – de seu conteúdo e sentido, pois há deixado gradualmente de conceber-se como um direito humano e se tem convertido no meio privilegiado para satisfazer as necessidades dos mercados, demandantes de mão-de-obra para a produção e consumo”, diz o documento.