Emprego é um dos desafios a serem enfrentados pelo próximo governo

Os veículos EBC produziram uma série de reportagens sobre os caminhos e desafios que os próximos governantes enfrentarão na geração de emprego. Seja quem for o presidente eleito, a perspectiva de adoção de medidas que resultem na diminuição do desemprego será um dos fatores que pesará na escolha do candidato vitorioso.

De acordo com o IBGE, o Brasil tem 12,7 milhões de pessoas desocupadas, um contingente maior que a população da cidade de São Paulo e de países como Bolívia, Bélgica ou Cuba. Levantamento feito pela Agência Brasil a partir de dados do IBGE (desde o 2º trimestre de 2012) mostra que, em seis anos, a evolução do saldo de pessoas com 14 anos ou mais ocupadas foi um crescimento de 1,88%.

Desemprego pauta candidatos e será desafio ao próximo presidente

Entre os que trabalham, 32,8 milhões tem carteira assinada, o menor nível desde 2012, quando o IBGE iniciou o levantamento dos dados. Outros 11 milhões trabalham sem registro em carteira. Confira na reportagem da TV Brasil:


Polos tecnológicos são opções para gerar novos empregos no país

pólo tecnológico
Funcionários da Sensedia, empresa de gerenciamento de APIs, no Polo Tecnológico de Campinas - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Polos tecnológicos reúnem fatores – como disponibilização de logística, universidades de ponta, mão de obra qualificada e incentivos fiscais – que contribuem para um cenário diferente do restante do país: sobram vagas de emprego.

“Aqui é um lugar que respira tecnologia”.

É assim que o empresário Bruno Abreu define o Polo Tecnológico de Campinas, no interior paulista. Há 10 anos, junto com o sócio, ele fundou na região – que é conhecida com o Vale do Silício brasileiro – a Sofist, empresa especializada em redução e prevenção de problemas em produtos digitais. O negócio cresceu quase 60% em faturamento no último ano e para 2018 a estimativa é nova alta de pelo menos 55%.

Polo em Campinas aproxima mão de obra qualificada e indústria


Para fugir do desemprego, trabalhadores viram seus próprios patrões

De acordo com o IBGE, a categoria dos trabalhadores por conta própria, formada por 23,3 milhões de pessoas, registrou crescimento de 1,5% na comparação com o trimestre anterior (março a maio de 2018), significando a adição de 341 mil pessoas neste contigente. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o indicador também apresentou elevação de (1,9%), representando um adicional estimado de 437 mil pessoas.

Brasileiros apostam no próprio negócio para fugir do desemprego

A bicicletaria do casal Carolina e Juliano Tancredi funciona na garagem de casa em Perdizes, na região oeste de São Paulo
A bicicletaria do casal Carolina e Juliano Tancredi funciona na garagem de casa em Perdizes, na região oeste de São Paulo, por Rovena Rosa/Agência Brasil

Após 26 anos trabalhando como correspondentes bancários e corretores de seguros, Carolina Tancredi, 41 anos, e o marido dela, Juliano Tancredi, 42 anos, aproveitaram a leve retomada na economia para abrir um novo negócio próprio onde funcionava o escritório do casal.

Depois de cerca de um ano fazendo pesquisa de mercado, o casal decidiu abrir uma bicicletaria dentro do espaço de 56 m² com vitrine para a rua, onde atualmente eles vendem equipamentos e mantêm uma oficina.

Negócios em casa aliam economia no aluguel e qualidade de vida

No Brasil existem atualmente 7 milhões de microempresários individuais registrados no Brasil, segundo dados do Portal do Empreendedor.  Os números levantados pelo Sebrae e baseados no CAGED – o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho, mostram ainda que, no acumulado de janeiro a julho de 2018, os pequenos negócios responderam pela criação de 475 mil postos de trabalho, enquanto as médias e grandes empresas criaram 80 mil empregos. A Rádio Nacional visitou Mato Grosso e conta como esses números impactam na vida da população do estado:


Cidades pelo Brasil mostram realidades opostas na geração de empregos.

Diversas cidades vêm buscando alternativas para impulsionar a capacitação e a geração de empregos. Na contramão do cenário nacional, a cidade de Marília, no interior de São Paulo, parece ter a receita: Nos últimos doze meses, foi o município que mais gerou emprego no estado. Veja:


Carmópolis sofre com corte de investimentos da Petrobrás

A falta de trabalho é mais grave no Nordeste, onde vivem 6 de cada 10 pessoas que se encaixam em outra categoria, a do desalento. Ou seja, pessoas que desistiram de procurar emprego. Um número que vem batendo recordes e já chega a 4,8 milhões pessoas. Conheça mais sobre esse município sergipano:

Em 2017, enquanto a economia do país cresceu 1%, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário disparou 13%. Uma das potências agrícolas é o estado do Mato Grosso, que nos últimos anos viu crescer a mecanização do trabalho, mas que segue gerando empregos com investimento em qualificação.
 
 
 

 
29 de Agosto, 2018