História
Herança de um ideal de Edgard Roquette-Pinto, considerado pai da radiodifusão no Brasil que viu no rádio a possibilidade de levar educação, informação e cultura para o povo, a MEC teve seus pilares estabelecidos pela Rádio Sociedade, criada em 1923, pelo próprio Roquette ao lado de Henrique Morize.
Em maio de 1936, a Rádio Sociedade estava fixada na rua da Carioca 45, trabalhando para informar e fornecer cultura ao povo com o mesmo idealismo que a originou. Com boa situação financeira, não tinha dívidas, mas foi obrigada a cumprir as exigências de um decreto governamental que exigia a transformação da emissora em companhia comercial, exploradora de publicidade, contrariando os estatutos da rádio e de sua ideologia.
A solução foi cumprir o último ato dos estatutos: segundo o texto, na impossibilidade de continuar dentro de seu princípio básico, a rádio seria entregue ao governo. Ficou então decidido entre Roquette-Pinto e o Ministro Gustavo Capanema, titular do Ministério da Educação e Saúde, que a Rádio Sociedade passaria para o controle do Ministério de Educação e Saúde, e que se manteria dentro do seu objetivo de desenvolvimento cultural.
No dia 7 de setembro de 1936, a Rádio Sociedade mudava de nome, passava ao controle do Governo Federal, e adotava como slogan em suas transmissões a frase de Roquette: "Pela cultura dos que vivem em nossa terra, pelo progresso do Brasil".
Durante todo o período de funcionamento da Rádio Sociedade e da Rádio MEC, diversos intelectuais e personalidades deram sua contribuição à cultura e à educação pela radiodifusão. Entre os que passaram pelas emissoras estão Villa-Lobos, Mário de Andrade, Afrânio Peixoto, Bidú Saião, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga, Fernando Sabino, Fernanda Montenegro, Francisco Anísio, Isaac Karabtchevsky, Guerra Peixe, Manuel Bandeira, Arthur da Távola e muitos outros.