Da Agência Brasil
Chegou hoje (13), ao Rio de Janeiro, para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o navio Rainbow Warrior do Greenpeace, organização não governamental (ONG) que atua em defesa do meio ambiente. A visita da embarcação marca o aniversário de 20 anos de atividades do Greenpeace no Brasil.
Nos dias 16, 17, 21 e 22 deste mês, das 10h às 16h, o navio abre as portas para visitação. No local, representantes da ONG darão informações à população sobre iniciativas da entidade, como as campanhas do Desmatamento Zero e de Energias Renováveis.
O coordenador da campanha Desmatamento Zero, Márcio Astrini, lamentou o fato de a proteção das florestas brasileiras ter ficado fora das discussões sobre o Código Florestal Brasileiro, que estabelece limites de uso das propriedades rurais.
“A gente entende que, no Congresso Nacional, a discussão se deu em torno de perdoar crimes ambientais, de legalizar desmatamentos ocorridos no passado. Se no Congresso fizeram uma campanha e uma lei para defender o desmatamento, a gente está propondo, agora, uma campanha que vem com uma lei de iniciativa popular. Por isso, a importância da participação das pessoas para acabar com o desmatamento no Brasil”, disse.
Astrini ressaltou que o Brasil precisa ter um plano mais eficiente para explorar as energias renováveis. Segundo ele, durante as paradas dos navios da organização ao longo das costas estrangeiras, foram constatadas várias construções feitas a partir do uso da energia eólica, gerada pela força dos ventos, e também de energia solar. Ainda de acordo com o representante do Greenpeace, as discussões durante a Rio+20 se basearão nos impactos da exploração do petróleo brasileiro, incluindo a camada pré-sal e as alternativas ao uso do combustível fóssil.
“O Brasil não é só um país importante por causa da liderança que pode assumir nesta questão, mas o desenvolvimento da energia sustentável pode ser economicamente muito favorável ao país. A gente tem a condição, dentro dessa área, de dar exemplos muito grandes ao mundo e fazer com que esse exemplo gere uma economia nova”, lembrou.
Desde o mês de março, quando chegou ao Brasil, o navio já passou por Manaus, Macapá, Belém, Recife e Salvador. A partida da capital fluminense está prevista para o próximo dia 24.
Com 58 metros de comprimento e 11 metros de largura, o navio abriga 30 tripulantes. A capacidade para visitação simultânea é 50 pessoas, e a expectativa é que mais de 2 mil visitantes passem diariamente pela embarcação.
Edição: Lana Cristina