Conhecendo Museus resgata a trajetória de Cora Coralina, a poetisa do cerrado

15/06/2015
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17:43
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A vida e obra de uma das poetisas mais conhecidas do Brasil estão expostas para os amantes das letras e para o público em geral no Centro-Oeste. O programa Conhecendo Museus celebra o legado de Cora Coralina , pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1889-1985), e apresenta uma edição especial sobre a autora nesta terça (16), às 17h30, na TV Brasil .

Programa Conhecendo Museus desta terça-feira (16) resgata a trajetória da poetisa Cora Coralina (Gerência de Comunicação) Programa Conhecendo Museus desta terça-feira (16) resgata a trajetória da poetisa Cora Coralina (Gerência de Comunicação)

Considerada uma das principais escritoras do país, Cora teve seu primeiro livro, "Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais", publicado em junho de 1965 quando tinha 76 anos de idade. Mulher simples, doceira de profissão, viveu longe dos grandes centros urbanos e distante dos modismos literários. Ela produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular das suas histórias e da rotina simples de Goiás.

Quando completou 50 anos, a poetisa relatou ter passado por uma profunda transformação interior, que definiu como "a perda do medo". Nessa fase, a autora deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo. Durante esses anos, Cora Coralina sempre escreveu poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nasceu e com o ambiente em que foi criada. A sua casa em Goiás Velho foi transformada em museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.

Atração visita residência em que escritora viveu

Inaugurado em 1989, o Museu Casa de Cora Coralina preserva na história as frases, os pensamentos, os poemas e as poesias dessa importante figura da literatura nacional. O espaço busca projetar, executar, colaborar e incentivar atividades culturais, artísticas, educacionais e filantrópicas. A proposta é valorizar a identidade sociocultural do povo goiano, além de preservar a memória e divulgar a sua obra.

O acervo conserva a memória da poetisa e colabora para estimular o surgimento de novos talentos. Entre os objetos expostos, estão imagens e discursos mantidos para lembrar Cora e promover sua imortalização. No museu há diversos tipos de materiais, todos organizados e de fácil acesso aos visitantes. Há desde peças de roupas, fotos, utensílios domésticos, livros, móveis e cartas no interior da casa; além do jardim nos fundos, e da bica de água potável.

Às margens do rio Vermelho, na Cidade de Goiás, o Museu Casa de Cora Coralina também é conhecido como Casa Velha da Ponte. A construção foi edificada em meados do século XVIII para uso do recolhimento do Quinto Real na região. A casa pertenceu ao desembargador Francisco Lins dos Guimarães Peixoto, pai da poetisa, tendo sido adquirida inicialmente no início do século XIX. O espaço apresenta características típicas da arquitetura colonial brasileira, como paredes de pau a pique e adobe.

Serviço
Conhecendo Museus – terça-feira (16), às 17h30, na TV Brasil