Natália Lage entrevista diretor José Joffily no Revista do Cinema Brasileiro
O diretor paraibano José Joffily bate-papo com a atriz e apresentadora Natália Lage no estúdio do Revista do Cinema Brasileiro desta quarta (8), às 23h30, na TV Brasil. O roteirista e produtor construiu uma filmografia na qual a maiorias dos seus novos projetos dialoga com as produções anteriores. "No documentário, de modo geral, o que importa acontece quando você deveria estar desligando a câmera. Quando você fala 'Corta', aí começa o documentário", define o cineasta.
Joffily também comenta a concepção do seu novo trabalho, o documentário "Caminho de Volta". "Fazer um filme é muito difícil. Quando eu comecei esse filme, eu sabia o que não queria fazer. Não queria conversar com os personagens. Não queria entrevistá-los. Queria fazer um cinema direto. Fazer com que as coisas acontecessem na frente das câmeras. Isso demanda paciência, um pouco mais de tempo e menos ansiedade para você filmar nos intervalos", reflete.
A reportagem que abre o Revista do Cinema Brasileiro deste sábado (25) mostra uma visita ao set do curta "A pequena bailarina de catorze anos". O título é inspirado na escultura homônima do impressionista francês Edgar Degas. O filme questiona qual é o limite da dedicação no universo do balé e qual o preço que se paga para ter um corpo perfeito e fazer movimentos impecáveis.
Na sequência, uma entrevista com Renato Tapajós, diretor do filme "A batalha da Maria Antônia". A obra lembra de um conflito ocorrido em outubro de 1968 que transformou uma rua no centro de São Paulo numa miniatura da Guerra Fria entre liberais e socialistas. "O documentário tem que estar aberto para o que acontece. Ele só encontra a sua forma na filmagem e no processo de edição", destaca. Cinquenta anos depois do embate, as testemunhas recontam e reinventam o conflito neste documentário.
O programa da TV Brasil segue com uma matéria sobre o filme "Mais do que eu possa me reconhecer", um documentário pouco convencional sobre um artista e a sua obra. A técnica e os métodos de trabalho do diretor Allan Ribeiro são questionados pelo próprio personagem, o pintor Darel Valença Lins. E o que era para ser um encontro entre os dois, acabou se transformando no próprio filme. A produção ganhou o prêmio da crítica no Festival de Tiradentes de 2015.
No final da atração, o público confere um micrometragem finalista do Festival Celucine.
Serviço:
Revista do Cinema Brasileiro – quarta (8) às 23h30, na TV Brasil