O Sem Censura recebe grandes nomes da cena cultural do país na edição especial desta quinta (18), às 17h, na TV Brasil. A jornalista Leda Nagle conversa com os cantores Ângela Maria, Mariana Baltar e Márcio Gomes, além do compositor e poeta Hermínio Bello de Carvalho. A atriz Nicette Bruno também está na bancada do programa para comentar momentos de sua carreira e a importância da atuação em sua vida.
Com 86 anos, a cantora Ângela Maria relembra boas histórias da carreira e da vida profissional no papo com Leda Nagle. "Eu era testadora de lâmpada, eu ficava testando e cantando ao mesmo tempo. Só que os outros parávam de trabalhar para me ver cantar. Atrasava a produção, fui demitida", revela.
"Meu próximo CD será voz e violão. Eu tô gravando muita música antiga, para mostrar a essa juventude como fazer música", explica a artista sobre seu novo trabalho. "Por enquanto eu não tenho vontade de cantar músicas de compositores novos", admite a artista que apadrinhou o jovem cantor Márcio Gomes que também participa desta edição do Sem Censura.
Para o músico, a arte os aproximou. "Foquei meu trabalho sempre nas músicas dos anos 1940 e 1950. Acabei ficando marcado por isso, por cantar músicas antigas", pontua Márcio Gomes que elogia a madrinha. "Quando se fala em Angela Maria, eles lotam o teatro. O povo quer ouvir". O cantor ainda rememora sue primeiro contato com ela. "Quando eu estava começando, ainda menino, fui assistir o show da Angela Maria, e pensei: 'é isso que eu quero para mim'", declara.
Já a atriz Nicette Bruno recorta episódios da história da televisão brasileira. "Eu participei do primeiro programa de televisão na TV Tupi", conta na entrevista para Leda Nagle. "As primeiras novelas eram vespertinas e duravam uma semana", destaca a experiente artista que admite ter uma relação especial com os palcos. "O teatro tem uma função mágica pra mim".
Junto com o compositor e poeta Hermínio Bello de Carvalho, a cantora Mariana Baltar fala sobre o livro do projeto "Rosas de Ouro – 50 anos", série de shows idealizados por Hermínio há cinco décadas. "O Ruy Castro é o responsável por essa publicação", afirma o músico.
Durante a entrevista, a dupla destaca que os espetáculos marcaram a música brasileira quando trouxeram para a cena artística, pela primeira vez, em um teatro da Zona Sul carioca, o samba do morro, ritmo totalmente marginalizado na época. As apresentações revelaram, entre outros nomes, Clementina de Jesus, Nelson Sargento e Paulinho da Viola.
Pessoa simples, Hermínio defende o hábito da leitura. "Você ler para o outro é uma prática muito boa. Eu gosto de ler poemas para os meus amigos". O experiente artista ainda reflete sobre o seu fazer profissional. "Poeta e escritor praticamente não existe, existe o letrista".
A apresentadora Leda Nagle ainda entrevista o nefrologista Mauricio Younes Ibrahim que fala sobre a história de vida de Peter Medawar, o médico brasileiro que foi reconhecido com o Prêmio Nobel de Medicina.
Serviço
Sem Censura – quinta-feira (18), às 17h, na TV Brasil