O Pará desenvolveu o carimbó, o lundu, a lambada, o tecnobrega, além de outras dezenas de ritmos forjados, revisitados e misturados por lá. O Nova Amazônia desta sexta (17), às 19h30, na TV Brasil, procura conhecer um pouco mais da música paraense. O programa traz um panorama dessa história: do tambor e do carimbó ao sampler, do tecnomelody e da famosa distribuição independente ao resgate dos velhos mestres da cultura popular.
Apresentada por Barbarah Israel, a atração produzida pela TV Cultura do Amazonas discute o carimbó ao abordar três vertentes do ritmo que tem influência da música indígena, negra e europeia. O programa analisa o gênero sob a perspectiva de artistas como o Grupo Sancari, com o carimbó de raiz; a Dona Onete e o carimbó chamegado; e a jovem cantora Lia Sophia, com o carimbó pop.
A partir deste ritmo central na cultura do Pará, o episódio adentra o universo da música, mostra o movimento de resgate dos mestres da cultura popular e a revisitação dos ritmos tradicionais pela música eletrônica.
O Nova Amazônia também passa pelos solos elétricos da guitarrada ao eletromelody – variação acelerada e moderna do tecnobrega. Em Barcarena, cidade próxima a Belém, Mestre Vieira, o criador da guitarrada e um dos precursores da Lambada, conta que nos anos 1970 montou sua primeira guitarra usando cordas de violão e um rádio velho como amplificador.
Trinta anos depois, na mesma Barcarena, o DJ Valdo Squash, da Gang do Eletro, produziria batidas que hoje foram sampleadas pelo Pet Shop Boys. Da guitarra reciclada ao sampler caseiro do tecnobrega, a música paraense encontra estratégias para entrar e sair da modernidade.
O Nova Amazônia vai atrás dos personagens por trás do universo musical paraense, rompendo barreiras e preconceitos para desvendar uma rede colaborativa de artistas e produtores, responsáveis por elevar a música do Pará ao centro das atenções no cenário nacional nos últimos 10 anos.
Serviço:
Nova Amazônia – sexta-feira (17), às 19h30, na TV Brasil