Ver TV discute a cobertura televisiva dos Jogos Olímpicos neste domingo (31)

Publicado em 29/07/2016 - 16:27
Especialistas criticam espetacularização do evento esportivo de maior porte no mundo

Às vésperas do início dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Ver TV debate a competição que se tornou um dos maiores eventos do mundo superando a própria esfera esportiva. As Olimpíadas também transformaram-se também em um dos principais espetáculos televisivos dos tempos atuais. O programa deste domingo (31) às 23h, na TV Brasil, analisa se a espetacularização do esporte impulsionada pela televisão é positiva para manter vivos os ideais olímpicos ou se apenas valoriza o mero aspecto do negócio.

Para debater a cobertura que as emissoras vão realizar do Jogos Rio 2016, o apresentador Lalo Leal recebe a ex-jogadora de voleibol Ana Moser, o professor de educação física Ary Rocco e o consultor de marketing esportivo Amir Somoggi.

Considerada uma das maiores atacantes da história do voleibol brasileiro, Ana Moser disputou três Olimpíadas e conquistou medalhas em várias competições internacionais. Atualmente é presidente da ONG Atletas pelo Brasil e comentarista de jogos transmitidos pela TV.

“O que a gente vê na televisão na Olimpíada, tem que ter um significado na vida do cara e não só uma projeção, que muitas vezes tem de mostrar um espetáculo esportivo uma excelência, uma representatividade da sua própria cultura”, defende a ex-atleta.

Para Ary Rocco, professor da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo e autor da pesquisa "A falação esportiva e a novela diária do jornalismo”, o entretenimento é considerado mais importante que a informação na cobertura dos veículos jornalísticos.

“As empresas de comunicação são empresas comercias que precisam ter lucratividade. Mas me parece que no Brasil, quando você vê outras, acompanha outras partes do mundo, há um exagero, um desiquilíbrio entre o entretenimento no esporte e a informação. Quer dizer, a opção pelo entretenimento é muito marcante”, afirma o pesquisador.

O consultor de marketing esportivo Amir Somoggi questiona a cobrança excessiva que a mídia faz dos atletas. “Quando um atleta tiver que ir numa entrevista depois de um treino, quando ele deveria tá dormindo, aquilo vai ser um esforço que ele vai fazer, porque ele sabe que a engrenagem do esporte exige. Porque no contrato de patrocínio assinado, determinaram que durante os Jogos, em vez dele dormir, ele vai ter que ir lá dar um autógrafo”, critica sobre as coletivas e entrevistas nas zonas mistas.

Para aprofundar a reflexão sobre a cobertura olímpica, o programa Ver TV também consulta outras profissionais da imprensa que atuam nesse segmento. O jornalista José Cruz acompanha a política do esporte há vários anos e tem uma visão crítica sobre a cobertura realizada pela mídia dos Jogos Olímpicos.

A TV Brasil tem nos seus quadros uma atleta olímpica. É a cinegrafista Silvana Neitzke que competiu pelo país nos Jogos de Barcelona, em 1992, nos saltos ornamentais. Ela também dá sua opinião sobre como a imprensa televisa cobre as Olimpíadas.

O programa entrevista ainda a jornalista, psicóloga e professora da Escola de Educação Física e Esportes da USP, Katia Rubio. Ela fala sobre os resultados de uma pesquisa que realizou sobre os atletas olímpicos brasileiros.

Serviço:
Ver TV – domingo (31), às 23h, na TV Brasil.

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