Confira os filmes da TV Brasil nesta semana

Publicado em 30/01/2017 - 10:42 e atualizado em 30/01/2017 - 11:28

Por Gecom

Na segunda-feira, dia 30, a TV Brasil exibe o documentário “A Rota dos Escravos”, que traz à tona a verdadeira história do comércio de escravos na Angola colonial.Já na terça (31), o documentário “ABC da Greve”, de Leon Hirszman, vai ao ar às 22h30.Na quarta, dia 1º, às 22h30, a TV apresenta o documentário brasileiro "2012: Tempo de Mudança", no Cine Nacional.O longa “Disparos” é a atração da TV para quinta (2), às 22h30.

Às 22h30 de sexta (3), a emissora exibe o premiado drama “A Festa da Menina Morta”, longa com Dira Paes e grande elenco que marca a primeira direção de Matheus Nachtergaele.Na tarde de sábado, às 16h30, a TV Brasil veicula o documentário nacional “Reidy, a Construção da Utopia”, da diretora Ana Maria Magalhães, sobre o urbanista Affonso Eduardo Reidy.

No domingo (5), às 22h30, a emissora exibe o drama “Valsa para Bruno Stein”, estrelado por Walmor Chagas. Adaptação do romance homônimo de Charles Kiefer, o longa dirigido por Paulo Nascimento foi reconhecido com o prêmio de Melhor Atriz, para Ingra Liberato, no Festival de Gramado.


Segunda, 30 de janeiro:. A Rota Dos Escravos
23h, na TV Brasil

Às 23h de segunda-feira, dia 30, o documentário “A Rota dos Escravos” traça um panorama do comércio de escravos na Angola colonial e revela que depois da abolição do tráfico, este se manteve camuflado até meados do século XX, explorando os “contratados” africanos para trabalho forçado em colônias portuguesas.

Com imagens gravadas em diferentes locais de Angola, como Cuanza Norte (Massangano), Cabinda (Lândana), Benguela-Catumbela (Praia Bebé) e Lobito (Egípto Praia), A Rota dos Escravos retrata um período terrível da história de Angola, Portugal e demais colônias Portuguesas na África.

Depois da abolição do tráfico de escravos, este continuou até meados do séc. XX, quando “contratados” africanos trabalhavam nas roças de São Tomé, Cabo Verde e Guiné.

A exploração da mão de obra escrava pela Coroa Portuguesa ocorre com a chegada do navegador Diogo Cão e colonos ao reino do Congo. Com eles, chegaram os primeiros missionários, que construíram a primeira igreja cristã, em 1491.A evangelização abre caminho para subjugar o poder local e permite o comércio de seres humanos. Na maioria dos casos, os africanos eram aprisionados em guerras feitas por chefes tribais, reis ou sobas africanos, para serem vendidos aos traficantes de Portugal e de outras nações europeias em troca de armas de fogo, tecidos, espelhos, utensílios de vidro, de ferro, tabaco e aguardente, entre outros.

Direção e produção: Patrick Luvuezo
Classificação indicativa: 18 anos.
Horário: 23h

Terça-feira, 31 de janeiro:.ABC da Greve
22h30, na TV Brasil

Ano: 1990. Gênero: documentário. Direção: Leon Hirszman.

O longa “ABC da greve” foi filmado no final da década de 1970 quando as cidades industriais em torno de São Paulo tornaram-se palco de um intenso movimento grevista.

O cineasta Leon Hirszman, que na época se dedicava ao roteiro de “Eles não usam black-tie”, saiu às ruas munido de equipamento portátil de 16 mm, para observar o movimento operário na construção de sua identidade política.

Trabalhando num sistema cooperativo, com uma pequena equipe, Leon construiu o seu documentário no dia a dia, ao sabor dos acontecimentos, o que lhe rendeu algumas das imagens mais impactantes sobre esse período.

Nas palavras do diretor, o filme – que ele não pôde concluir na época – mostra criticamente três eixos simultâneos em ação: o movimento dos trabalhadores e suas condições materiais de vida naquele momento, as ações defensivas do empresariado e o papel do Estado como elemento vital de repressão ao movimento e apoio ao capital.

A intensa reflexão proposta pelo documentário acabou por tornar-se uma espécie de laboratório de preparação para a obra ficcional que Leon rodaria em seguida.

A edição final de ABC da greve só foi concluída em 1990 pelo fotógrafo do filme, Adrian Cooper, por iniciativa da Cinemateca Brasileira.

89 min.
Classificação Indicativa: 14 anos
Horário: 22h20


Quarta-feira, 1º de fevereiro:.2012: Tempo de Mudança
22h30, na TV Brasil

Ano: 2010. Título original: 2012: Time for Change. País de origem: Brasil. Gênero: documentário. Direção: João Amorim, com Daniel Pinchbeck, Sting, Barbara Marx Hubbard, Penny Livingston, Gilberto Gil, Dean Radin, Maude Barlow, John Todd, Buckminster Fuller, Dennis Mckenna, Terence Mckenna, Shiva Rea, Ellen Page, Bernard Lietaer, Paul Stamets, Richard Register, Tiokasin Ghosthorse, David Lynch.

O documentário projeta uma alternativa radical à visão apocalíptica e fatalista contemporânea. Dirigido por João Amorim, o filme segue o jornalista Daniel Pinchbeck, autor do best-seller “2012: O ano da profecia maia”, em busca de um novo paradigma, que integra a sabedoria arcaica de culturas tribais com o método científico.

Em vez de barbaridade e devastação, o longa 2012 idealiza o nascimento de uma cultura regenerativa no planeta em que a colaboração substituirá a concorrência e a exploração da psique e do espírito torna-se a nova bossa, substituindo o materialismo estéril que domina e destrói o planeta.

O filme traz depoimentos de especialistas e experiências de celebridades como os cantores Sting, do grupo The Police, e Gilberto Gil; o cientista Buckminster Fuller; o escritor Terence McKenna; o cineasta David Lynch e a atriz Ellen Paige. O documentário aborda assuntos como as vivências de meditação, a importância da construção sustentável, o movimento de contracultura e, principalmente, alternativas ecológicas para o cotidiano.

85 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 22h30


Quinta-feira, 2 de fevereiro:.Disparos
22h30, na TV Brasil

Ano: 2012. Gênero: ação, policial, suspense. Direção: Juliana Reis, com Gustavo Machado, Caco Ciocler, Julio Adrião, Dedina Bernardelli.

Ao sair de uma sessão de fotos para um guia gay do Rio, Henrique (Gustavo Machado) é assaltado por dois motoqueiros armados. Ele assiste, estupefato, ao atropelamento dos ladrões, por algum motorista solidário.

De alma lavada, Henrique recupera sua câmera e segue seu caminho, mas retorna buscar o cartão de memória com as fotos que fez, caído durante o incidente. Ele passa assim a acusado do crime de omissão de socorro, do qual seu agressor é a vítima.

Dali, Henrique é levado para a DP e, em seguida, para a emergência do hospital Souza Aguiar, tentando se inocentar, ainda que se sentindo cada vez menos inocente.

Baseado em fatos, o longa é um thriller político e social, com uma trama de ação policial, que tematicamente, destrincha o instante na vida de um indivíduo confrontado com a violência urbana e examina o quanto dessa violência não é carregada para dentro do espaço privado das relações interpessoais.

A perplexidade é o fio condutor deste relato, a partir de uma narrativa imparcial e sem julgamento. Como sobrevivem e evoluem as relações humanas quando expostas a altos índices de violência urbana e barbárie social?

Filme de estreia como diretora da roteirista Juliana Reis, o drama “Disparos” participou da Mostra Competitiva da Première Brasil, durante o Festival do Rio 2012, e foi premiado em três categorias: Melhor Fotografia Melhor Montagem; e Melhor Ator Coadjuvante (Caco Ciocler). Em sua trajetória internacional, o longa conquistou o prêmio de Melhor Fotografia no Festival de Los Angeles.

82 min.
Classificação indicativa: 14 anos
22h30, na TV Brasil


Sexta-feira, 3 de fevereiro:.A festa da Menina Morta
22h00, na TV Brasil

Ano: 2009. Gênero: drama. Direção: Matheus Nachtergaele, com Dira Paes, Daniel de Oliveira, Cassia Kis Magro, Juliano Cazarré, Jackson Antunes, Paulo José.

Todos os anos, há duas décadas, uma pequena população ribeirinha do alto Amazonas comemora a Festa da Menina Morta. O evento celebra o milagre realizado por Santinho (Daniel de Oliveira) que, após o suicídio da mãe (Cassia Kis Magro), recebeu em suas mãos, da boca de um cachorro, os trapos do vestido de uma menina desaparecida.

A menina jamais foi encontrada, mas o tecido rasgado e manchado de sangue passa a ser adorado e considerado sagrado. A festa cresceu indiferente à dor de Tadeu (Juliano Cazarré), irmão da menina morta. A cada ano as pessoas visitam o local para rezar, pedir e aguardar as “revelações” da menina, que através de Santinho se manifestam no ápice da cerimônia.

O pai do venerado órfão (Jackson Antunes) aguarda os lucros prometidos pelo sucesso do evento, mas a ambígua relação que mantém com seu filho milagroso preocupa os mais próximos, principalmente a beata Tia.

Mãe postiça de Santinho, ela é a grande detentora das tradições do culto. Junto com a alcoviteira e sensual Das Graças, esmera-se por manter a ordem e a decência no local.

A jovem e apaixonada Lúcia prepara-se para ser uma das mais fiéis participantes do ritual, mas enfrenta dificuldades no ambiente sagrado e viciado da casa. A bela Diana (Dira Paes), exausta do amor e da vida, virá confortá-la.

Primeiro filme dirigido pelo ator Matheus Nachtergaele, o drama “A Festa da Menina Morta”(2009) tem grande elenco formado por Dira Paes, Daniel de Oliveira, Cassia Kis Magro, Juliano Cazarré, Jackson Antunes, Paulo José.

No Festival de Gramado, “A Festa da Menina Morta” venceu nas categorias Melhor Filme, Júri Popular, Prêmio Especial do Júri, Melhor Ator (Daniel de Oliveira), Melhor Fotografia, Melhor Música e Prêmio da Crítica. Já no Festival do Rio, o drama levou os troféus de Melhor Filme e Melhor Ator (Daniel de Oliveira). A Associação Paulista de Críticos de Arte concedeu os prêmios de Melhor Filme e Melhor Fotografia.

A produção também foi reconhecida internacionalmente. No Festival de Chicago, o título nacional ganhou o prêmio de Melhor Filme na mostra Novos Diretores. Já no Festival de Cinema Brasileiro de Los Angeles, o drama venceu nas categorias Melhor Roteiro e Melhor Fotografia. Por fim, Daniel de Oliveira foi considerado o Melhor Ator no Festival de Cinema Luso-Brasileiro.

110 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 22h00


Sábado, 4 de fevereiro:.Reidy, a Construção da Utopia
16h30, na TV Brasil

Ano: 2009. Gênero: documentário. Direção: Ana Maria Magalhães, com Lucio Costa, Carmen Portinho, Roland Castro, Paulo Mendes da Rocha. Narração de Marcello Escorel.

Nascido em Paris e radicado no Rio, o urbanista Affonso Eduardo Reidy é um dos pioneiros da arquitetura moderna no Brasil. Seus planos para o Rio de Janeiro moderno tiveram efeito de longa duração. Projetos como o MAM, o Aterro e o Parque do Flamengo, com os quais realizou sua utopia urbana, permanecem marcos da cidade até os dias de hoje.

O filme “Reidy, a construção da utopia” aborda a sua trajetória desde os anos 1930 até a construção do Aterro e Parque do Flamengo, em que retoma a cidade como tema central de sua arquitetura. Com narração de Marcello Escorel, textos do próprio arquiteto contam suas alegrias, decepções e a iluminada contribuição para o Rio de Janeiro.

Segundo longa dirigido por Ana Maria Magalhães, “Reidy, a construção da utopia” teve locações em São Paulo, Rio de Janeiro e Paris. Para realizar o documentário, a cineasta entrevistou Lúcio Costa aos 93 anos e Carmen Portinho, esposa do homenageado, aos 92.

Apesar de estar pronto desde 2009, o filme estreou no circuito comercial apenas em novembro de 2011.

77min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 22h20

Domingo, 5 de fevereiro:.Valsa para Bruno Stein
19h30, na TV Brasil


Ano: 2007. Gênero: drama. Direção: Paulo Nascimento, com Walmor Chagas, Ingra Liberato, Aracy Esteves, Fernanda Moro, Leonardo Machado, Marcos Verza, Sirmar Antunes, Clemente Viscaino, Yonara Karam, Sergio Mantovanim, Carmen Silva, Nicola Siri.

Bruno Stein vive com sua família em um lugar no meio do nada. São três gerações em conflito: Bruno Stein sente próximo o fim da vida; a neta, Verônica, só espera o momento de ir embora; Valéria, a nora, tenta se conformar com sua solidão.

O patriarca chegou ao Brasil logo após a Segunda Guerra Mundial, vindo da Alemanha com a família. Uma rígida moral protestante norteia a vida de Bruno, tornando difícil o relacionamento com a família. As netas o ignoram e a mulher já não representa muito para ele.

Bruno tenta envolver-se com o trabalho na olaria, com as esculturas, mas nada o motiva. A chegada de Gabriel, um empregado que ele passa a ver como um “arcanjo”, coincide com alguns acontecimentos que começam a mudar a vida de Bruno e das pessoas do lugar.

Um súbito encontro desperta nele novamente a vontade de viver. Bruno e Valéria se apaixonam. E ao mesmo tempo em que descobrem a paixão, lutam com todas as forças para sufocá-la.

Verônica toma a decisão de ir embora e viver a liberdade que a mãe, Valéria, gostaria de ter vivido. Gabriel, com sua ingenuidade, mostra a Bruno que a vida pode ser muito simples. Mas a chegada do filho Luis demonstra que nada poderá ser simples.

Dirigido por Paulo Nascimento, o drama “Valsa para Bruno Stein” é a história de pessoas frente a decisões que podem mudar suas vidas e o preço a ser pago por isso. O filme é uma adaptação do romance homônimo de Charles Kiefer. Protagonizado pelo veterano Walmor Chagas, o longa conquistou o prêmio de Melhor Atriz para Ingra Liberato no Festival de Gramado.

88 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 19h30

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