Programação

Clima extremo pauta Caminhos da Reportagem deste domingo (23/6)

Edição inédita do programa jornalístico vai ao ar às 21h30, na TV Bras

Publicado em 21/06/2024 - 15:00
Veículos: TV Brasil
Categorias: Jornalismo
Exibição em: TV Brasil

O programa Caminhos da Reportagem inédito que a TV Brasil exibe domingo (23),  excepcionalmente às 21h30, aborda os efeitos catastróficos das mudanças climáticas. A atração jornalística destaca que, com o aumento na temperatura da Terra, o país precisa rever como tratar eventos causados por essas transformações. 

Auxiliar de enfermagem Heloisa Iglesias mostra como o deslizamento em Petrópolis destruiu sua casa em 2022
Auxiliar de enfermagem Heloisa Iglesias mostra como o deslizamento em Petrópolis destruiu sua casa em 2022, por Divulgação / TV Brasil

 

O planeta aumentou 1,5º C e isso já foi o suficiente para observar geleiras descongelando, mares avançando, chuvas extremas, inundações e deslizamentos, secas onde havia abundância de água. O Caminhos da Reportagem desta semana mostra que esses eventos têm sido mais frequentes e deixado vítimas e destruição por onde passam. 

Apesar de ter a maior floresta tropical do mundo, o Brasil também tem altas taxas de emissão de CO2 na atmosfera, o principal gás do efeito estufa. “A gente tem uma malha rodoviária que estimula o tempo todo o uso de veículos à combustão, mas, sem dúvida alguma, a maior contribuição do Brasil para a emissão de gases do efeito estufa é via desmatamento”, afirma Rafael Rodrigues da Franca, professor do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília (UnB). 

Para a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, o prejuízo da falta de tomada de atitude no passado é enorme. “Agora, nós vamos ter que continuar mitigando, diminuindo a emissão de CO2 para não agravar o problema, não ultrapassar 1,5º C de temperatura da Terra, porque senão, aí, é o caos completo”, afirma. 

Ministra Marina Silva fala que estamos vivendo o prejuízo que deveria ter sido revertido 40 anos atrás
Ministra Marina Silva fala que estamos vivendo o prejuízo que deveria ter sido revertido 40 anos atrás, por Divulgação / TV Brasil

 

Em 2024, a seca na Amazônia deu sinais da gravidade do problema. Em alguns locais, a temperatura da água chegou aos 40ºC. “Os peixes começaram a morrer, nem nós sabíamos o que fazer vendo aquele horror de peixes mortos, até mesmo botos”, conta a pescadora Anailê Alves de Sá Carneiro. Moradora da comunidade Cachoeira do Castanho, em Iranduba, no Amazonas, ela afirma que até hoje ainda é difícil pescar peixe por ali. 

Segundo Miriam Marmontel, líder do grupo de pesquisas em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Instituto Mamirauá, as notícias não são animadoras para esse ano. “O nível da água não recuperou do ano passado, ele está um metro mais baixo do que deveria estar da nossa média histórica”, alerta. 

O que aconteceu no Rio Grande do Sul este ano e chamou a atenção de todo o país não é um caso isolado. Desde 2011, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) acompanha eventos mais extremos que têm se repetido. “A gente tem observado com bastante clareza esse aumento de frequência e da severidade dos eventos, que acabam culminando em impactos muito significativos para pessoas, infraestruturas e meio ambiente”, afirma a diretora do centro Regina Alvalá. 

Reconstruir a vida após uma tragédia não é fácil. Em Petrópolis, após os deslizamentos de 2022 que mataram 235 pessoas, cerca de 4 mil pessoas ficaram desabrigadas. Algumas obras foram feitas, áreas interditadas, mas ainda não foi o suficiente. “A tragédia pode se repetir, infelizmente, a cidade não está preparada ainda. Há 76 mil famílias ainda que moram em áreas de risco em Petrópolis, é muita gente”, avalia Cláudia Renata Ramos, presidente do Movimento Aluguel Social e Moradia de Petrópolis. 

Sobreviventes de outra tragédia, em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, o motorista de ônibus Reginaldo Feitosa e a empregada doméstica Eliane Martins também perderam tudo em 2022, no deslizamento do bairro Jardim Monte Verde. A filha deles morreu soterrada, além de outros 11 parentes que moravam próximos. Mesmo conseguindo reconstruir os bens materiais, sabem que o vazio que fica não vai ser preenchido. “Perdi minha saúde, meu psicológico, perdi tudo. Não sou mais a mesma pessoa”, admite Eliane. 

Empregada doméstica Eliane Martins mostra onde foi o deslizamento que matou sua filha em Jaboatão dos Guararapes (PE) em 2022
Empregada doméstica Eliane Martins mostra onde foi o deslizamento que matou sua filha em Jaboatão dos Guararapes (PE) em 2022, por Divulgação / TV Brasil

 

Sobre o programa
 
Produção jornalística semanal da TV Brasil, o Caminhos da Reportagem leva o telespectador para uma viagem pelo país e pelo mundo atrás de grandes histórias, com uma visão diferente, instigante e complexa de cada um dos assuntos escolhidos.
 
No ar há mais de uma década, o Caminhos da Reportagem é uma das atrações jornalísticas mais premiadas não só do canal, como também da televisão brasileira. Para contar grandes histórias, os profissionais investigam assuntos variados e revelam os aspectos mais relevantes de cada pauta.
 
Saúde, economia, comportamento, educação, meio ambiente, segurança, prestação de serviços, cultura e outros tantos temas são abordados de maneira única, levando conteúdo de interesse para a sociedade pela telinha da emissora pública.
 
Questões atuais e polêmicas são tratadas com profundidade e seriedade pela equipe de profissionais do canal. O trabalho minucioso e bem executado é reconhecido com diversas premiações relevantes no meio jornalístico.
 
Exibido aos domingos, às 22h, o Caminhos da Reportagem disponibiliza as matérias especiais no site http://tvbrasil.ebc.com.br/caminhosdareportagem e no YouTube da emissora pública em https://www.youtube.com/tvbrasil. As edições anteriores também estão no aplicativo TV Brasil Play, disponível nas versões Android e iOS, e no site  https://tvbrasilplay.com.br/.
 
Serviço
Caminhos da Reportagem – domingo, dia 23/06, às 21h30, na TV Brasil
Caminhos da Reportagem – domingo, dia 23/06, para segunda-feira, dia 24/06, às 3h, na TV Brasil
 
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