Produções asiáticas da sétima arte com pouca visibilidade na televisão e nos cinemas brasileiros ganham as telinhas da TV Brasil a partir desta segunda (22), sempre às 23h. A emissora estreia uma sessão especial com cinco premiados filmes de países do continente como Índia, China, Japão e Coreia do Sul.
“A seleção inclui longas que, em sua maioria, não entraram em cartaz no circuito nacional. Alguns estimulam a reflexão enquanto outros oferecem divertimento ao telespectador”, explica o gerente de Aquisições Internacionais da TV Brasil, José Zimmerman. “As produções tratam de temáticas universais, que poderiam ocorrer em qualquer lugar do mundo, mas com ênfase em situações do contexto econômico, político e social dos países da Ásia”, destaca.
Para iniciar o Ciclo de Cinema Asiático, o canal apresenta o poético drama indiano “A Esposa Solitária”. Pela sua direção no filme, o experiente Satyajit Ray conquistou o Urso de Prata no Festival de Berlim. “Antes mesmo do fenômeno de Bollywood, ele já era considerado o melhor cineasta da Índia”, lembra Zimmerman sobre o trabalho do diretor que faleceu em 1992.
Na terça (23), no mesmo horário vai ao ar o longa chinês “Flores do Amanhã”. Ao refletir sobre a difícil relação entre pai e filho, a produção destaca os conflitos entre a antiga e a nova China, além de sua transformação de valores. Já na quarta (24), o filme japonês “Um Paraíso Havaiano” mostra como uma comunidade tradicional busca construir um centro de entretenimento havaiano em alternativa à crise de sua economia baseada na mineração.
O elogiado drama sul-coreano “Poesia” é a atração de quinta (25). A película conquistou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes, em 2010.
Fruto do cinema de Bollywood, a comédia indiana “Singh, o rei” encerra o ciclo na sexta (26). Inédita no Brasil em todas as mídias, a produção revela a trajetória do camponês Happy Singh que se torna o rei do submundo australiano. O filme tem a participação especial do rapper americano Snoop Dogg.
Sinopse de “A Esposa Solitária”, filme de estreia da nova sessão
Gravado em 1964 pelo célebre diretor indiano Satyajit Ray (1921-1992), o filme “A Esposa Solitária” resgata uma história que se passa em Calcutá no final do século XIX. Com sutileza e elegância, a trama do longa foi adaptada do romance “Nastanirh” (The Broken Nest), escrito por Rabindranath Tagore.

Em 1870, na Índia sob domínio inglês, Charulata (Madhabi Mukherjee) é casada com o abastado indiano Bhupati (Sailen Mukherjee). Apesar de se considerar uma mulher privilegiada, a bela e inteligente jovem perambula pela casa, sentindo-se profundamente só. Proprietário de um jornal, Bhupati ama a esposa, porém passa mais tempo no escritório e fazendo carreira política no movimento de libertação do que em casa.
Ao perceber a solidão da mulher, o rapaz pede que seu primo Amal (Soumitra Chatterjee) faça companhia à sua esposa, estimule o talento artístico dela e ensine a Charulata tudo que sabe sobre literatura. Amal, aspirante a escritor, vai viver com eles para tentar encontrar um rumo para a sua vida.
Após alguns meses, os sentimentos entre Charula e Amal começam a ultrapassar a simples amizade. A partir daí, Bhupati passa a se preocupar com a intensidade da relação entre o primo e sua mulher.
Indicado ao Urso de Ouro, o aclamado cineasta Satyajit Ray recebeu o Urso de Prata de melhor diretor no Festival de Berlim de 1965 por seu trabalho à frente do drama “A Esposa Solitária”, clássico do cinema indiano. Versátil, Satyajit Ray dirigiu 37 filmes e, em 1992, conquistou o Oscar Honorário concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em reconhecimento a sua produção.
Ficha técnica
Título original: Charulata. País de origem: Índia. Ano: 1964. Gênero: drama/romance. Duração: 117 min. Direção: Satyajit Ray, com Madhabi Mukherjee, Soumitra Chatterjee, Shailen Mukherjee, Shyamal Ghosal. Classificação Indicativa: 16 anos
Serviço:
Ciclo de Cinema Asiático - “A Esposa Solitária” – segunda-feira (22) às 23h, na TV Brasil.
Confira a programação completa de filmes do Ciclo de Cinema Asiático na TV Brasil
“A Esposa Solitária”
Data: 22/06 (segunda-feira), às 23h
“Flores do Amanhã”
Data: 23/06 (terça-feira), às 23h
“Um Paraíso Havaiano”
Data: 24/06 (quarta-feira), às 23h
“Poesia”
Data: 25/06 (quinta-feira), às 23h
“Singh, o rei”
Data: 26/06 (sexta-feira), às 23h
Sinopses dos filmes do Ciclo de Cinema Asiático na TV BrasilFilmes de 22 a 26 de junho de 2015
Segunda-feira, 22 de junho
Ciclo de Cinema Asiático – A Esposa Solitária
23h00, na TV Brasil
Título original: Charulata. País de origem: Índia. Ano: 1964. Gênero: drama/romance. Direção: Satyajit Ray, com Madhabi Mukherjee, Soumitra Chatterjee, Shailen Mukherjee, Shyamal Ghosal.

Em 1870, na Índia sob domínio inglês, Charulata (Madhabi Mukherjee) é casada com o abastado indiano Bhupati (Sailen Mukherjee). Apesar de se considerar uma mulher privilegiada, a bela e inteligente jovem perambula pela casa, sentindo-se profundamente só. Proprietário de um jornal, Bhupati ama a esposa, porém passa mais tempo no escritório e fazendo carreira política no movimento de libertação do que em casa.
Ao perceber a solidão da mulher, o rapaz pede que seu primo Amal (Soumitra Chatterjee) faça companhia à sua esposa, estimule o talento artístico dela e ensine a Charulata tudo que sabe sobre literatura. O aspirante a escritor vai viver com eles para tentar encontrar um rumo para a sua vida.
Após alguns meses, os sentimentos entre Charula e Amal começam a ultrapassar a simples amizade. A partir daí, Bhupati passa a se preocupar com a intensidade da relação entre o primo e sua mulher.
Gravado em 1964 pelo célebre diretor indiano Satyajit Ray (1921-1992), o poético filme “A Esposa Solitária” resgata uma história que se passa em Calcutá no final do século XIX. Com sutileza e elegância, a trama do longa foi adaptada do romance “Nastanirh” (The Broken Nest), escrito por Rabindranath Tagore.
Indicado ao Urso de Ouro, o experiente e aclamado cineasta Satyajit Ray recebeu o Urso de Prata de melhor diretor no Festival de Berlim de 1965 por seu trabalho à frente do drama “A Esposa Solitária”, clássico do cinema indiano.
Versátil, Satyajit Ray dirigiu 37 filmes e, em 1992, conquistou o Oscar Honorário concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em reconhecimento a sua produção.
Inédito. 117 min.
Classificação Indicativa: 16 anos
Horário: 23h00
Terça-feira, 23 de maio junho
Ciclo de Cinema Asiático – Flores do Amanhã
23h00, na TV Brasil
Título original: Sunflower aka Xiang ri Kui. País de origem: China. Ano: 2005. Gênero: drama. Direção: Yang Zhang, com Haiying Sun, Zhang Fan, Ge Gao, Wang Haidi.

A morte de Mao Tsé-Tung põe fim à tirania na China fazendo com que o pintor Gengnian (Haiying Sun) seja libertado de um campo de trabalho em 1976, ano do término da Revolução Cultural no país.
Sob tortura, Gengnian teve suas mãos deformadas e, após ser solto, retorna para sua família: a esposa Xiuqing (Joan Chen) e o filho de 9 anos, Xiangyang (Zhang Fan). O garoto, no entanto, não aceita a presença do pai e se recusa a reconhecê-lo.
Ao notar o desenvolvimento de seu talento para a pintura, herança de seu pai, Xiangyang permite que um explosivo destrua sua mão, na intenção de imitar o defeito de Gengnian e também acabar com o sonho dele de ver o filho seguindo sua carreira.
Ao discutir a difícil relação entre pai e filho, com várias passagens de tempo no decorrer da trama, o longa revela os conflitos entre a antiga e a nova China. A questão política, apesar disso, é apenas o pano de fundo para a história que se passa enquanto a sociedade chinesa passa por grandes transformações de valores.
O drama “Flores do Amanhã”, dirigido pelo cineasta chinês Yang Zhang, foi considerado o Melhor Filme no Festival de San Sebastian em 2005.
Inédito. 129 min.
Classificação Indicativa: 14 anos
Horário: 23h00
Quarta-feira, 24 de junho
Ciclo de Cinema Asiático – Um Paraíso Havaiano
23h00, na TV Brasil
Título original: Hula Girls aka Hura Garu. País de origem: Japão. Ano: 2006. Gênero: comédia/drama. Direção:, Sang il-Lee com .

Baseado em uma história real, o filme “Um Paraíso Havaiano” se passa em 1965, em uma cidade pequena no norte do Japão na época em que o país começava a substituir o carvão pelo petróleo.
A trama mostra como uma comunidade tradicional, com a derrocada de sua economia baseada na mineração de carvão, se aventura na construção de um centro de entretenimento havaiano.
Apesar da ideia de desenvolver o primeiro vilarejo havaiano do Japão, ninguém na cidade sabe dançar, muito menos o hula... O ceticismo e o conservadorismo dos moradores locais são vencidos gradualmente assim que suas filhas se encantam por uma talentosa e determinada instrutora de dança vinda de Tóquio.
Dirigido por Sang il-Lee, o drama ganhou o prêmio de melhor filme pela Academia de Cinema Japonesa em 2006 e foi o longa indicado para concorrer ao Oscar pelo Japão em 2007.
Inédito. 121 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 23h00
Quinta-feira, 25 de junho
Ciclo de Cinema Asiático – Poesia
23h00, na TV Brasil
Título original: Shi. País de origem: Coreia do Sul. Ano: 2010. Gênero: drama. Direção: Chang Dong-lee, com Yun Jung-hee, Da-wit Lee, Hira Kim.

Mija (Yun Jeong-hie) vive com seu neto em uma cidade perto do rio Han. Inquieta e questionadora, ela adora se vestir de forma excêntrica. O novo desejo de Mija é aprender a fazer poesia, o que a leva a um curso especializado em um centro cultural perto de sua casa.
O curso a estimula a apurar sua observação do cotidiano. Dessa forma, a sexagenária consegue inspiração para seus versos. Paralelamente, ela precisa lidar com uma confusão causada por seu neto que está envolvido em um crime.
Dirigido por Chang Dong-lee, cineasta responsável pelo filme “Sol Secreto, o sensível e elogiado drama sul-coreano “Poesia” foi reconhecido em vários festivais. O longa ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes. Também foi premiado no Festival Asia Pacific Films e no Festival de Fribourg (Suiça). A protagonista do filme é a veterana Yun Jung-hee, atriz considerada uma das grandes damas do cinema no país.
Inédito. 139 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 23h00
Sexta-feira, 26 de junho
Ciclo de Cinema Asiático – Singh, o rei
23h00, na TV Brasil
Título original: Singh is King. País de origem: Índia. Ano: 2008. Gênero: comédia. Direção: Anees Bazmee, com Akshay Kumar, Katrina Kaif, Kirron Kher, Om Puri, Sonu Sood, Manoj Pahwa, Snoop Dogg.

Happy Singh é um camponês de bom coração que mora em Punjab. O jovem entra em uma série de confusões e depois de várias aventuras, no final das contas, torna-se o rei do submundo da Austrália.
Com participação especial do rapper americano Snoop Dogg, a comédia “Singh, o rei” é uma superprodução indiana que apresentou uma das maiores bilheterias no país em 2009. O ator Akshay Kumar, que interpreta o protagonista Happy Singh, é uma das estrelas do cinema indiano.
Inédito no Brasil em todas as mídias, o filme “Singh, o rei” recebeu o grande prêmio Academia Internacional de cinema da India.
Inédito. 135 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 23h00