Considerada a “rainha do soul brasileiro”, a cantora Sandra de Sá festeja seus 35 anos de trajetória na música em 2015. Para celebrar a data, a artista bate um papo com Liliane Reis no programa Estúdio Móvel desta sexta (21), às 18h, na TV Brasil.
Estúdio Móvel (TV Brasil)Carioca de talento incomparável, Sandra tem uma das vozes mais marcantes da MPB. Às vésperas de completar 60 anos de idade, no dia 27 de agosto, a compositora relembra momentos marcantes de sua carreira e dá uma canja de sucessos que contagiam o público.
Com seu timbre de voz grave e potente, a cantora aprendeu a tocar violão sozinha e aos treze anos compôs sua primeira música aos treze anos. Começou a se apresentar ainda na escola e ao longo da trajetória artística estabeleceu parcerias marantes como na canção “Vale Tudo” em que dividiu os vocais com Tim Maia.
“Ele mandou a música para mim. Fiquei horas conversando com o Tim por telefone e decidimos gravar juntos. A música arrebentou. Fizemos um clipe no Fantástico. Depois ainda gravamos mais três ou quatro canções como 'Não tem saída'”, recorda.
Na lista dos grandes sucessos da artista estão composições inesquecíveis do porte de “Olhos Coloridos (Sarará Crioulo)”, “Bye Bye tristeza”, “Joga Fora” e “Solidão”, entre outros hits sobre os quais ela conta as histórias de bastidores para o Estúdio Móvel.
Durante o programa, a convidada ainda conversa com a apresentadora Liliane Reis sobre o álbum “Lado B”, seu projeto atual. No disco, ela reúne treze canções do seu vasto repertório que o público tem a oportunidade de lembrar. No trabalho, a cantora recebe músicos como Buchecha, NX Zero, Grupo Revelação e Melanina Carioca para regravar obras de sua discografia. “Foi difícil selecionar as canções. No show a gente inclui outras músicas que ficaram de fora da gravação”, conta.
O trabalho de Sandra de Sá é marcado pela influência afro, que vai desde a sua criação, com seu avô de Cabo Verde, até os dias de hoje com o álbum “Africanatividade”(2010) em comemoração às três décadas de carreira, passando pela expressão “Música Preta Brasileira” criada por ela para definir o seu ritmo. “Nunca, em nenhum show, deixei de cantar 'Olhos Coloridos (Sarará Crioulo)'. Não tem como. Ela é reflexiva. Essa música é nosso hino. Não acho racista. É a cara do brasileiro. É essa raça aí”, explica.
Filha de baterista, a música sempre esteve presente na sua vida, mas, apesar disso, ela escolheu o curso de psicologia. Sandra concluiria a graduação se não fosse a ajuda da amiga Fafy Siqueira que insistia em escrevê-la em festivais onde a hoje consagrada cantora começou ganhar visibilidade e entrou definitivamente no universo da música. “Em 1983, eu vim saber o que de fato era carreira com três anos na estrada”, recorda.
Serviço
Estúdio Móvel – sexta-feira (21), às 18h, na TV Brasil