Com mais de 20 milhões de livros vendidos, Ana Maria Machado tem uma importante trajetória no universo da literatura brasileira. Premiada no país e no exterior, a escritora é homenageada no programa Sem Censura especial desta sexta (29), às 17h, na TV Brasil.
Apresentado pela jornalista Leda Nagle, o programa resgata histórias e curiosidades sobre a carreira de Ana Maria Machado, considerada pela crítica uma das mais completas e versáteis escritoras contemporâneas do país.
Natural do Rio de Janeiro, ela já foi professora, precisou se exilar no exterior na época da ditadura militar e trabalhou em vários jornais e revistas ao voltar para o Brasil.
Para ajudar a contar momentos da vida e obra da autora, esta edição especial do Sem Censura também recebe em sua bancada a antropóloga Ilana Strozenberg, a pedagoga e secretária Geral da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) Beth Serra e o roteirista Geraldo Carneiro.
Durante o exílio em Paris, Ana Maria Machado foi orientada pelo famoso sociólogo francês Roland Barthes na redação da tese de doutorado “Recado do nome” sobre a obra de Guimarães Rosa. Quando retornou ao país, na década de 1970, publicou obras infantis em paralelo ao trabalho jornalístico.
O primeiro título para criançada “Bento que bento é o frade” foi lançado em 1973. Entre as principais publicações infantis da escritora estão “História meio ao contrário”, “Bisa Bia, Bisa Bel” e “O menino que espiava pra dentro”.
Ao todo, ela tem mais de uma centena de livros publicados em 40 anos dedicados à produção literária, experiências que fizeram da autora a primeira imortal eleita com uma expressiva obra dedicada ao público infantojuvenil. Ana Maria Machado também já redigiu romances e ensaios.
A escritora ocupa a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 2003 quando foi eleita na sucessão do jurista Evandro Lins e Silva. Ela é a sexta ocupante da cadeira cujo patrono é o poeta Adelino Fontoura. Ana Maria Machado foi a segunda mulher presidente da entidade entre os anos de 2012 e 2013, período em que buscou fomentar programas sociais de expansão do acesso ao livro e à leitura nas periferias e comunidades carentes. Antes dela, Nélida Piñon dirigiu a ABL nos anos de 1996 e 1997.
Serviço:
Sem Censura – sexta-feira (29), às 17h, na TV Brasil.