Diretor Marcus Faustini comenta projeto de teatro em locais privados no Estúdio Móvel

Publicado em 24/03/2016 - 14:48 e atualizado em 24/03/2016 - 14:51
Programa debate limites entre o público e o privado, além da iniciativa que fomenta interação da plateia com atores

Nesta sexta (25), às 19h30, na TV Brasil, o Estúdio Móvel rompe a quarta parede do teatro e abre as cortinas da intimidade para apresentar obras que conduzem ao limite entre o público e o privado. A ideia é debater as novas formas de interação entre o ator e o espectador.

Para refletir sobre essa perspectiva, Liliane Reis entrevista o diretor teatral e escritor Marcus Faustini. "Na primeira fase da carreira, fiquei conhecido como um diretor de teatro político e aquilo me incomodava um pouco. Eu não queria falar sobre as coisas, queria agir", afirma.

Ao completar 20 anos de trajetória artística, Faustini diz como buscou encontrar este novo caminho. Ele fala sobre o premiado projeto "Home Theater" em que realizou espetáculos em locais privados, como a casa dos espectadores, indo além da interatividade e potencializando as possibilidades de trocas. "Eu estava há um tempo sem fazer teatro no palco. Pensava como o teatro poderia agir na cidade para que o espaço urbano deixasse de ser apenas tema das peças", explica sobre o surgimento do projeto.

A apresentadora Liliane Reis ainda bate um papo com a atriz Valquíria Oliveira que conta como é a experiência de encenar uma pessoa na casa de pessoas desconhecidas. Ele participou da iniciativa proposta por Faustini e revela a sensação do convívio ainda mais intenso e próximo com o público. "A gente tem a oportunidade de ouvir o espectador também e trocar impressões sobre o que aconteceu ali".

O programa também traz uma conversa com Maitê Schneider, que além de poeta, escritora e atriz, é transexual e usa o seu corpo como primeiro palco e bandeira de luta. Na atração da TV Brasil, ela comenta o monólogo "Escravagina", escrito especialmente para ela e dirigido por Cesar Almeida. O espetáculo explora os limites do preconceito e propõe novas interpretações para a dualidade mulher e homem.

Serviço
Estúdio Móvel – sexta-feira (25), às 19h30, na TV Brasil

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