Ver TV debate a cobertura televisiva dos movimentos estudantis

Publicado em 13/06/2016 - 14:10 e atualizado em 13/06/2016 - 14:13
Programa analisa como a imprensa repercute as manifestações de alunos

O movimento estudantil tem uma longa história de lutas no país em defesa de causas democráticas e populares. Nos últimos meses os estudantes secundaristas voltaram às ruas, em várias cidades brasileiras, em defesa de melhores condições de ensino.

Para analisar a cobertura das ações do movimento estudantil pela televisão, o Ver TV deste domingo (12), às 23h, na TV Brasil, reúne a presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas, Camila Lanes; o sociólogo Carlos Menegozzo, pesquisador dos movimentos de juventude no Brasil pós-68; e a presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo, Flávia Oliveira.

Na entrevista com o apresentador Lalo Leal, Camila Lanes é enfática. “Registrar, bater uma foto e contextualizar da forma que você quer é fácil. Difícil é você ir lá e ver, entender o que eles estão fazendo”, reflete.

Já o sociólogo Carlos Henrique Menegozzo destaca a conturbada relação entre a imprensa e o movimento estudantil. “Historicamente a grande mídia tenta ter uma cobertura seletiva das manifestações. Eu acho que ai tem uma tensão muito forte entre o movimento e a mídia”, afirma.

Para Flávia Oliveira, o jornalismo nem sempre está a serviço do interesse público. “O papel da grande mídia no geral é sempre de tentar descaracterizar as manifestações”, lamenta.

O programa da TV Brasil também traz o depoimento de outros profissionais que atuam nesse segmento. A jornalista Eliza Capai está produzindo um documentário sobre a atuação do movimento estudantil neste momento. Ela acompanhou a ocupação da Assembleia Legislativa de São Paulo pelos estudantes e conta como foi. Já a antropóloga e professora da PUC de São Paulo, Silvia Borelli, comenta a cobertura do movimento estudantil realizada pela mídia comercial.

Cineasta argentino radicado no Brasil, Carlos Pronzato é autor do documentário A revolta dos pinguins, sobre o movimento estudantil chileno. No Brasil, ele acompanhou a ocupação das escolas em São Paulo pelos estudantes secundaristas e produziu o documentário Acabou a paz, isso aqui vai virar o Chile. Pronzato analisa as diferenças entre a cobertura dos movimentos estudantis feita pela mídia comercial e pela mídia alternativa.

Serviço:
Ver TV – domingo (12), às 23h, na TV Brasil.

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