Caminhos da Reportagem celebra os 80 anos da Rádio Nacional nesta quinta (14)

Publicado em 14/07/2016 - 16:40
Emissora da Era de Ouro do Rádio fez história na comunicação brasileira

O Caminhos da Reportagem resgata a história da Rádio Nacional, símbolo maior da história do rádio brasileiro nesta quinta (14), às 22h, na TV Brasil. Foi a PRE-8, Rádio Nacional do Rio de Janeiro que, na chamada Época de Ouro do Rádio, levou aos ouvintes de todo o país e de boa parte do mundo os concorridos programas de auditório eas melhores atrações de variedades, além das mais importantes radionovelas e programas jornalísticos.

Foi através das ondas da Nacional que se consagraram os maiores nomes da Música Popular Brasileira. Aliás a prória MPB deve muito à emissora que ajudou a divulgar os mais variados ritmos por todo o continental território do país. Ícones do cancioneiro nacional e personalidades da época faziam parte do casting da emissora: Orlando Silva, Francisco Alves, Silvio Caldas, Lamartine Babo, Cauby Peixoto, Aracy de Almeida, Emilinha Borba, Marlene, Dalva de Oliveira e Ângela Maria.

Na edição dessa quinta-feira, o Caminhos da Reportagem traça um panorama sobre o que de melhor havia na programação da Nacional, passando pelo jornalismo, pelo esporte, pela música, pelo humor e pela dramaturgia. Uma história contada pelos pesquisadores Ricardo Cravo Albin, Rodrigo Faour e Paulo Roscio, além dos professores Rose Esquenazi e Marcelo Kischinhevsky.

Diversos artistas que passaram pelos estúdios e auditórios da Rádio Nacional recordam histórias deliciosas que nos mostram a ingenuidade dos anos 1940 e 1950, mas que também ressaltam toda a criatividade dos que ali trabalharam. Um dos pontos altos do programa da TV Brasil é a participação de dois radialistas que continuam trabalhando na Nacional desde aqueles áureos tempos: Gerdal dos Santos e Daisy Lúcidi.

Presente na memória afetiva da população como a emissora que mostrou o Brasil aos brasileiros, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, inaugurada em 1936, tornou-se, já no início dos anos 1940, uma das cinco emissoras mais potentes do mundo. Suas transmissões em ondas médias e em três estações de ondas curtas levaram longe o rádio brasileiro e integraram as regiões mais distantes do território nacional.

Símbolo da Era de Ouro do Rádio, a emissora desbravou novos gêneros, sistematizou a linguagem sonora e com sua programação plural consolidou as matrizes do rádio popular no país ao reunir na mesma grade, música, informação, humor, dramaturgia, esporte e programas de auditório.

Instalada desde sua inauguração no lendário Edifício A Noite, na Praça Mauá, zona portuária da cidade, o mais alto arranha-céu da América Latina nos anos 1930, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro foi o maior fenômeno de comunicação de massa que o país já conheceu. Durante mais de 20 anos, os brasileiros foram guiados por essa antena. Programas como o jornalístico "Repórter Esso" e o humorístico "Balança mas não cai" fizeram história.

As rádionovelas da Rádio Nacional marcaram época a partir da primeira, "Em busca da felicidade", transmitida em 1941. Depois de três anos no ar, foi substituída por "O direito de nascer", trama que chegou a mudar hábitos das pessoas que tinham compromisso marcado com as transmissões da radionovela, posteriormente adaptada para a televisão.

Até meados da década de 1950, o Rádio-Teatro Nacional irradiou 861 novelas, as mais ouvidas do rádio brasileiro, segundo as mais seguras pesquisas de audiência. Pode-se observar que a música popular brasileira foi uma antes e outra depois da Nacional, que se transformou numa verdadeira criadora de ídolos através da realização de concursos como "A Rainha do Rádio", que consagrou diversas cantoras, como Emilinha Borba, Marlene, Dalva de Oliveira e Ângela Maria. Um dos cantores que ficou marcado como símbolo dessa era foi Cauby Peixoto, que enchia o auditória da Rádio em suas apresentações.

Serviço
Caminhos da Reportagem – quinta-feira (14), às 22h, na TV Brasil

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