O ator, roteirista, músico e poeta Michel Melamed participa no programa Revista do Cinema Brasileiro desta quarta (6) às 23h30, na TV Brasil. Durante o papo com a apresentadora Natália Lage, o convidado reflete sobre as diferentes formas de olhar a arte e conta quais são os seus novos projetos no cinema, teatro e televisão.
“Os melhores momentos nos trabalhos depois de você ordenhar toda uma atividade intelectual, racionalmente, tentando conceituar, chega um ponto em que as coisas ficam tão velozes que você tem que agir intuitivamente. E intuição é um pensamento tão rápido que você nem consegue refazer esse caminho”, pondera Michel Melamed que continua o comentário sobre o fazer artístico.
“É óbvio que o meu olhar, mesmo que não conscientemente, vai estar atento para isso. Estou pensando no papel de quem olha na construção da realidade”, completa o ator que faz parte do elenco do longa “A frente fria que a chuva traz”, de Neville D’Almeida, e pode ser visto ainda nas telinhas comandando o programa “Bipolar Show”. Michel Melamed ainda prepara sua nova peça “Monólogo público”.
Michel se movimenta pelas mais diversas esferas culturais, com fluidez poética e ideias apaixonadas pelo mundo à sua volta. O artista já dirigiu peças de teatro e atuou com desenvoltura em filmes e novelas. Como apresentador, destaque para o programa Recorte Cultural, revista eletrônica com uma perspectiva experimental e artística que ele mesmo criou e comandava na TVE, atual TV Brasil.
O Revista do Cinema Brasileiro desta semana traz uma matéria sobre o filme “A Menina Índigo”, de Wagner de Assis. O longa retrata uma menina com características muito especiais que transforma a vida de todos ao seu redor. A equipe de reportagem esteve no set de filmagens e conversou com o diretor do filme e com os atores Murilo Rosa, Fernanda Machado e Letícia Braga.
“Na história, a cada momento, a filha está ensinando para o pai. É um filme lindo”, comenta Murilo sobre a menina que tem uma capacidade especial. “A minha personagem tem a intenção de renovar os pais. Ela deseja que o casal fique junto de novo, pois percebe que eles ainda se amam”, conta a jovem atriz.
Na sequência, o destaque é o filme “Revoada”, que faz uma releitura do cangaço com uma estética exagerada. O longa, dirigido por José Umberto Dias, foi escolhido o melhor filme baiano no Panorama Internacional Coisa de Cinema de 2014.
O programa da TV Brasil mostra ainda o curta “Bashar”, documentário ativista premiado no Festival LatinArab de Buenos Aires em 2014. O filme foi rodado na Síria, e para fazê-lo, o diretor Diogo Faggiano levou uma câmera para um lugar onde quase todos estavam usando fuzis e metralhadoras.
Já o quadro memória RCB lembra o longa “Jango”, dirigido por Silvio Tendler. Nos anos 1980, Tendler entrevistou personalidades da política e recuperou muito material de arquivo sobre o Presidente deposto. Ele, Eduardo Coutinho e outros documentaristas da época procuravam falar da memória recente e da democracia interrompida 20 anos antes.
Em outra reportagem, o público vai saber detalhes do documentário “Retratos de Identificação”. A partir dos arquivos policiais da ditadura, o filme encontra os seus personagens e resgata um pedaço da história do Brasil. Dirigido por Anita Leandro e produzido pela UFRJ e pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, a produção mostra como a trajetória pessoal de dois ex-guerrilheiros ajuda a construir uma memória coletiva do regime militar.
Ainda nesta edição, o Revista do Cinema Brasileiro destaca o curta “Proibidão”. Dirigido por Ludmila Curi e Guilherme Arruda, o filme aborda um tema tão polêmico quanto as letras das músicas que fazem apologia ao crime e às drogas.
Serviço:
Revista do Cinema Brasileiro – quarta-feira (06), às 23h30, na TV Brasil.