TV Brasil resgata o legado e a trajetória do hilário artista Amácio Mazzaropi

Publicado em 01/07/2016 - 16:12 e atualizado em 01/07/2016 - 16:15
Acervo da obra do ator reúne objetos cênicos, móveis e equipamentos que ajudam a contar a história de seus filmes

O quinto episódio da nova temporada de Conhecendo Museus mergulha na trajetória de um grande ícone da sétima arte no país: o saudoso comediante Amácio Mazzaropi. O programa deste domingo (3), às 12h, na TV Brasil, visita o Museu Mazzaropi, local que reúne e preserva as memórias da vida e da obra do artista.

O museu que leva o nome do ator, cineasta, produtor e roteirista foi criado em 1992 e está situado no Hotel Fazenda Mazzaropi, em Taubaté, interior de São Paulo, onde a maioria de seus filmes foi realizada. O espaço ajuda a contar a história do cinema nacional a partir da perspectiva de Mazzaropi, figura tão importante neste contexto.

No acervo do local há mais de 20 mil itens, entre fotos, filmes, documentos, objetos cênicos, móveis e equipamentos que contam um pouco a carreira do artista. Para recuperar boa parte do acervo foi preciso reunir o material que estava com fãs e pessoas que trabalharam com Mazzaropi por meio de doação.

Após a morte do artista e cineasta, em 1981, o patrimônio construído por ele durante uma bem-sucedida carreira não teve continuidade e tudo o que havia nos estúdios – câmeras, equipamentos, figurinos, cenários, fotos, carros equipados para externas – foi leiloado, vendido ou extraviado.

Filmografia

A trajetória do ator de expressão nacional contempla 32 filmes produzidos entre 1952 e 1980. Mazzaropi chegou a atrair mais de oito milhões de espectadores em um único longa-metragem. Ele deu vida ao imortal e carismático estereótipo do homem do campo. Jeca, seu personagem, caipira e ingênuo, mas com doses de malícia, conquistou a simpatia das massas populares, que garantiam as sessões lotadas em todos os seus filmes.

A estreia de Amácio Mazzaropi nas telonas foi em “Sai da frente”, no papel de Isidoro, um motorista de caminhão que deixa o carro desgovernado em plena cidade de São Paulo. A partir daí seguiu caminhando em pequenas, médias e grandes apresentações consolidando seu nome no cinema brasileiro, além de programas de televisão e nos palcos do teatro.

Em 1958, Mazzaropi funda a PAM Filmes (Produções AmácioMazzaropi), em modernos estúdios em Taubaté, e lá realizou 23 longas-metragens. Os maiores sucessos foram “Jeca Tatu” (1959) e “Casinha pequenina” (1963), ambos contabilizando oito milhões de pagantes cada. Seu último trabalho no cinema foi “O Jeca e a Égua Milagrosa”, de 1980. No ano seguinte, morreu aos 69 anos, vítima de um câncer na medula.

Serviço:
Conhecendo Museus – domingo (3), às 12h, na TV Brasil.

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