Filmes da TV Brasil 06 a 12 de agosto de 2016

Publicado em 06/08/2016 - 15:46

Sábado, 6 de agosto
A Festa da Menina Morta
23h, na TV Brasil

Ano: 2009. Gênero: drama. Direção: Matheus Nachtergaele, com Dira Paes, Daniel de Oliveira, Cassia Kis Magro, Juliano Cazarré, Jackson Antunes, Paulo José.

Todos os anos, há duas décadas, uma pequena população ribeirinha do alto Amazonas comemora a Festa da Menina Morta. O evento celebra o milagre realizado por Santinho (Daniel de Oliveira) que, após o suicídio da mãe (Cassia Kis Magro), recebeu em suas mãos, da boca de um cachorro, os trapos do vestido de uma menina desaparecida.

A menina jamais foi encontrada, mas o tecido rasgado e manchado de sangue passa a ser adorado e considerado sagrado. A festa cresceu indiferente à dor de Tadeu (Juliano Cazarré), irmão da menina morta. A cada ano as pessoas visitam o local para rezar, pedir e aguardar as "revelações" da menina, que através de Santinho se manifestam no ápice da cerimônia.

O pai do venerado órfão (Jackson Antunes) aguarda os lucros prometidos pelo sucesso do evento, mas a ambígua relação que mantém com seu filho milagroso preocupa os mais próximos, principalmente a beata Tia.

Mãe postiça de Santinho, ela é a grande detentora das tradições do culto. Junto com a alcoviteira e sensual Das Graças, esmera-se por manter a ordem e a decência no local.

A jovem e apaixonada Lúcia prepara-se para ser uma das mais fiéis participantes do ritual, mas enfrenta dificuldades no ambiente sagrado e viciado da casa. A bela Diana (Dira Paes), exausta do amor e da vida, virá confortá-la.

Primeiro filme dirigido pelo ator Matheus Nachtergaele, o drama “A Festa da Menina Morta (2009) tem grande elenco formado por Dira Paes, Daniel de Oliveira, Cassia Kis Magro, Juliano Cazarré, Jackson Antunes, Paulo José.

Em 2008, o longa foi lançado no Festival de Cannes, dentro da mostra Un Certain Regard. A partir daí, o filme seguiu uma trajetória premiada em eventos nacionais e internacionais.

No Festival de Gramado, “A Festa da Menina Morta” venceu nas categorias Melhor Filme, Júri Popular, Prêmio Especial do Júri, Melhor Ator (Daniel de Oliveira), Melhor Fotografia, Melhor Música e Prêmio da Crítica. Já no Festival do Rio, o drama levou os troféus de Melhor Filme e Melhor Ator (Daniel de Oliveira). A Associação Paulista de Críticos de Arte concedeu os prêmios de Melhor Filme e Melhor Fotografia.

A produção também foi reconhecida internacionalmente. No Festival de Chicago, o título nacional ganhou o prêmio de Melhor Filme na mostra Novos Diretores. Já no Festival de Cinema Brasileiro de Los Angeles, o drama venceu nas categorias Melhor Roteiro e Melhor Fotografia. Por fim, Daniel de Oliveira foi considerado o Melhor Ator no Festival de Cinema Luso-Brasileiro.

Reprise. 110 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 23h


Sábado, 6 de agosto (madrugada de sábado para domingo)
Herói Transparente
01h00, na TV Brasil

Título original: Héroe transparente. País de origem: Panamá. Ano de estreia: 2014. Gênero: documentário. Direção: Orgun Wagua.

O documentário traça um perfil do General Victoriano Lorenzo. Ele tinha descendência indígena, foi guerrilheiro da Guerra dos Mil Dias e morreu fuzilado pela oligarquia antes do nascimento do Panamá como República.

O filme reconstrói a trajetória do herói e a obra de deu origem ao Canal do Panamá feita pelos norte-americanos em 1903 através de vários personagens que conheceram a história de Victoriano Lorenzo, um mito para o povo daquele país.

Um pintor indígena, um cacique indígena, um camponês, um violinista, um cantor de décimas e um ex-guerrilheiro contam passagens da vida do Herói Transparente. O documentário ainda investiga a realidade de luta diária do país que se orgulha de seu crescimento econômico e, paulatinamente, tenta eliminar a memória de seu povo.

Dirigido por Orgun Wagua, o longa apresenta histórias que se tecem para ressaltar a figura de Victoriano Lorenzo por meio da imaginação que cria o tempo na consciência dos panamenhos entre lembranças, versões e contradições.

Reprise. 52 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
Horário: 01h

 

Domingo, 7 de agosto
Meu Japão Brasileiro
16h30, na TV Brasil

Ano de estreia: 1965. Gênero: comédia. Direção: Glauko Mirko Laurelli, com Amácio Mazzaropi, Geny Prado, Célia Watanabe, Zilda Cardoso, Carlos Garcia, Reynaldo Martini, Adriano Stuart Elk Alves, Francisco Gomes, Judith Barbosa, Bob Junior, Ivone Hirata, Luiz Tokio, Luzia Yoshigumi.

Em uma comunidade rural nipo-brasileira, Mazzaropi é um agricultor chamado Fofuca que enfrenta a exploração descarada do “seu” Leão, responsável por intermediar os negócios entre os produtores e o comércio na cidade.

Após muito penar em suas mãos, Fofuca articula com os camponeses a formação de uma cooperativa agrícola. Mas seu Leão e seus filhos não vêem com bons olhos esta iniciativa e vão fazer de tudo para impedir Fofuca e seus amigos de conseguir se dar bem neste Japão brasileiro.

Reprise. 102 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 16h30

 


Domingo, 7 de agosto (madrugada de domingo para segunda-feira)
O Silêncio
00h, na TV Brasil

Título original: Sokout. País de origem: Irã. Ano: 1998. Gênero: drama. Direção: Mohsen Makhmalbaf, com Golbibi Ziadolahyeva, Nadereh Abdelahyeva, Tahmineh Normatova.

Khorshild, um garoto cego de 10 anos, mora sozinho com a mãe em uma pequena aldeia na fronteira entre o Irã e o Tajiquistão. Graças a sua aguçada audição, ele trabalha como afinador de tradicionais instrumentos de música.

O pai do menino foi para Rússia e sua mãe vive da pesca. Khorshild pega o ônibus todos os dias para ir para o trabalho, mas algumas vezes, no caminho, conversas e melodias chamam sua atenção e ele se perde procurando pelos sons. Enquanto isso, seu chefe e seu jovem colega de trabalho ficam impacientes. Apesar das advertências, Khorshild continua ouvindo os sons da cidade.

Dirigido pelo aclamado cineasta iraniano Mohsen Makhmalbaf, o sensível e poético drama “O Silêncio” foi reconhecido com a Medalha de Ouro do Senado Italiano no Festival de Veneza.

Reprise. 77 min.
Classificação Indicativa: 12 anos
Horário: 00h

Domingo, 7 de agosto (madrugada de domingo para segunda-feira)
As asas invisíveis do Padre Renzo
02h30, na TV Brasil

Ano: 2013. Gênero: documentário. Direção: Jorge Alexandre Felipe Neto.

O documentário retrata a conturbada vida de um missionário italiano, o Padre Renzo Rossi, incansável defensor da liberdade e dos direitos humanos. Ele protagonizou um importante papel social ao abraçar a árdua e obstinada tarefa de ajudar presos políticos durante a ditadura militar.

Homem dedicado a amparar os encarcerados e seus familiares, Padre Renzo teve a nobre missão de mitigar um pouco da dor e do sofrimento daqueles que experimentaram o drama da tortura e, mais ainda, da separação daqueles a quem amavam.

A solidariedade do missionário italiano foi muito além. Padre Renzo internacionalizou a luta pela anistia, procurou por exilados políticos e dirigentes de partidos; movimentou a opinião pública da Europa e percorreu 22 cidades do velho continente, incentivando o fim da ditadura no Brasil, em favor de uma anistia ampla, geral e irrestrita.

Dirigido Jorge Filipe, o documentário “As asas invisíveis do Padre Renzo” é inspirado no livro homônimo de Emiliano José.

Reprise. 78 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 02h30


Terça-feira, 9 de agosto
Jogos Indígenas 
19h, na TV Brasil

Ano: 2016. Gênero: documentário. Direção: Fabíola Sinimbu.

“Índios Somos Nós” foi produzido durante a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, na cidade de Palmas. O filme revela a realidade de alguns povos que vivem no Brasil, a partir da perspectiva dos próprios indígenas; o que mudou nas suas culturas e tradições ao longo dos anos; e como essa população pensa os não-indígenas.

A denominação “índio” surgiu com a chegada dos europeus às Américas, que, por pensarem que haviam aportado nas Índias, acabaram por chamar a região, inicialmente, de Índias Ocidentais. A expressão generalista acabou denominando de forma superficial grupos humanos tão distintos entre si. O título do filme remete o telespectador a um questionamento sobre o uso pejorativo da palavra índio, que muitas vezes faz referência àquilo que é ultrapassado e sem civilidade, passando a ser um contraponto ao que é revelado nas entrevistas que integram o documentário. Mas, afinal, quem é o ”índio”?

Na época da chegada dos colonizadores ao Brasil, estima-se que mais de mil povos já ocupavam as terras que viriam a formar o território brasileiro e como não se sabe de onde essa população veio, ela hoje é classificada como “nativa” ou “originária”. Hoje, esses povos são minoria. De acordo com o Censo 2010 (IBGE), eles somam atualmente 896.917 indivíduos no Brasil, o que corresponde aproximadamente a 0,47% da população total do país.

Mesmo restando tão poucos povos originários espalhados em lugares remotos de um país continental como o Brasil e vivendo tão distantes entre si, os povos indígenas têm em comum o fato de se identificarem com uma coletividade e também de estarem inseridos em uma estrutura social maior com a qual não se identificam integralmente, mas convivem muito bem. E é a partir de conflitos e construções dessas relações que eles lançam seus olhares e dão lições de respeito às outras culturas.

Inédito. 30 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 19h

 
Terça-feira, 9 de agosto
A Trama do Olhar
23h, na TV Brasil

Ano: 2009. Gênero: documentário. Direção: Gloria Albues.

Em Mato Grosso, onde vivem cerca de 40 mil índios pertencentes a 42 etnias, duas equipes - uma indígena e outra não indígena - cruzam olhares entre modos de ver, sentir, pensar e agir de pessoas de diferentes culturas. Em  A Trama do Olhar, índios e não índios produzem sentidos sobre as maneiras de ver o outro.

A primeira equipe é composta por três realizadores indígenas, cada um de uma etnia diferente. Eles se revezam nas funções técnicas de direção, câmera e som. São: Winti, da etnia Kïsêdjê; Maricá, que é Kuikuro; e Caimi, que é Waiassé (Xavante). Em Cuiabá, capital do Estado de Mato Grosso, eles buscam seus objetivos. Cada um escolhe um tema para documentar: Winti, a bodyart; Maricá, a música; Caimi, a vida corrida da cidade.

Enquanto isso, a equipe formada por pessoas que não são indígenas dedica-se a produzir um making of desse trabalho. Nas ruas, na periferia, no mercado popular, nas estruturas de poder, nos centros de cultura, na aldeia, no estúdio de som, nas casas noturnas, eles gravam, impressionam, questionam e interagem. O resultado é uma verdadeira trama de diferentes “olhares”. Imagens e emoções que se misturam com registros filmados no passado, desenhos e ilustrações de não índios sobre os povos indígenas, enriquecendo ainda mais esse mosaico de imagens, símbolos, rituais e informações que nos questiona e nos provoca e refletir sobre as relações entre índios e não índios.

Inédito. 52 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 23h


Quinta-feira, 11 de agosto
Ouro, prata, bronze e... Chumbo! 
19h, na TV Brasil

Ano: 2012. Gênero: documentário. Direção: José Roberto Torero.

Você sabia que foi pelo tiro que o Brasil ganhou suas primeiras medalhas olímpicas na história? Neste episódio, você vai ver que as três primeiras medalhas vieram juntamente com a primeira participação do país nos Jogos Olímpicos. A equipe de tiro foi a responsável pela façanha, que aconteceu nos dias 2 e 3 de agosto de 1920, nos Jogos Olímpicos de Antuérpia, na Bélgica.

O programa resgata esses heróis e cota as aventuras que eles percorreram para representar o Brasil nos primeiros Jogos de sua história: no dia 2, duas medalhas, uma de prata, na prova de pistola livre 50 metros com o atirador Afrânio Costa, e uma de bronze, na pistola livre por equipe com Afrânio da Costa, Dario Barbosa, Fernando Soledade, Guilherme Paranaense e Sebastião Wolf. A sonhada medalha de ouro viria no dia seguinte, com o atirador Guilherme Paranaense, no tiro rápido de 25 metros.

Este documentário apresenta a trajetória da equipe que entrou para história do esporte olímpico brasileiro.

Reprise. 26 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 19h

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