Filmes da TV Brasil 13 a 21 de agosto de 2016

Publicado em 12/08/2016 - 15:29

Sábado, 13 de agosto
México 1968 – A última Olimpíada Livre
20h, na TV Brasil

Ano: 2012. Gênero: documentário. Direção: Ugo Giorgetti.

O longa dirigido por Ugo Giorgetti conta a his­tória da primeira edição das Olimpíadas realizada na América Latina, em 1986, no México. Esses Jogos foram fascinantes e também constituíram um evento di­visor de águas.

Primeiro, por ocorrer em um contexto político mundial definidor – era a épo­ca da Guerra do Vietnã, da ditadura militar no Brasil, de maio de 1968, em Paris, da invasão da Tchecoslováquia pela União Soviética e, cla­ro, foi a última Olimpíada antes do sequestro da delegação israelense, ocorrida nos Jogos seguintes, em Munique, no ano de 1972.

Além desse aspecto político, que passaria a dominar muito mais fortemente a realização dos Jogos nas edições subsequentes, também foi a última Olimpíada amadora, já que o aprimoramento e o desen­volvimento técnico, até por conta da politização do evento, avançaram sobremaneira.

Para contar a história dessa competição marcante, o diretor Ugo Giorgetti entrevistou vários atletas brasileiros que participam dos Jogos no México.

Reprise. 52 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 20h00

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Sábado, 13 de agosto
Nome Próprio
23h, na TV Brasil.

Ano: 2007. Gênero: drama. Direção: Murilo Salles, com Leandra Leal, Juliano Cazarré, Munir Kanaan, Reginaldo Faidi, Alex Didier, Martha Nowill, Frank Borges, Fabio Frood, Milhem Cortaz, David Katz, Norival Rizzo, Rosanne Mulholland, Ricardo Garcia, Paulo Vasconcelos, Alan Medina, Gustavo Machado, Luciana Brites, Ricardo Galli.

“Nome Próprio” conta a história de uma jovem mulher que dedica a vida à sua paixão: escrever. Camila é intensa, complexa e corajosa. Para ela, o que interessa é construir uma trajetória como ato de afirmação. Sua vida é sua narrativa. A jovem busca construir uma existência complexa o suficiente para se escrever sobre ela. Para Camila, a vida floresce das cicatrizes de seu processo de entrega absoluta e vertiginosa.

Na trama, a jovem Camila se isola do mundo e se dedica só ao seu blog.Na trama, a jovem Camila se isola do mundo e se dedica só ao seu blog.A moça escreve compulsivamente em um blog, só que isto faz com que também fique isolada e que só consiga ver duas opções na vida: se matar ou encontrar o grande amor - o que vier primeiro.

Dirigido por Murilo Salles e estrelado por Leandra Leal com grande elenco, o drama “Nome Próprio” conquistou dois prêmios no Festival de Gramado: Melhor Longa-Metragem e Melhor Atriz (Leandra Leal). Inédito. 120 min.

Inédito: 120 min.
Classificação Indicativa: 18 anos
23h, na TV Brasil

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Sábado, 13 de agosto (madrugada de sábado para domingo)
Fora de Campo
01h, na TV Brasil.

Título original: Fuera de campo. País de origem: Paraguai. Ano de estreia: 2014. Gênero: documentário. Direção: Hugo Giménez.

O documentário volta a cidade de Curuguaty, palco de um massacre entre camponeses e forças do estado paraguaio em 2012. A ideia da produção é trazer as pessoas de volta para o campo e dar voz às vítimas silenciadas pelo ataque.

Dirigido por Hugo Giménez, o filme faz uma viagem entre as imagens na tentativa de completá-las onde a dor e a ausência ainda pesam. Uma imagem nunca é portadora da totalidade de seu significado. 

Reprise. 52 min.
Classificação Indicativa: 14 anos
01h, na TV Brasil

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Domingo, 14 de agosto
A Banda das Velhas Virgens
16h30, na TV Brasil

Ano de estreia: 1979. Gênero: comédia. Direção: Pio Zamuner e Amácio Mazzaropi, com Amácio Mazzaropi, Geny Prado, André Luiz Toledo, Gilda Valença, José Velloni.

No longa “A Banda das Velhas Virgens”, Mazzaropi é um caipira que tem o sugestivo nome de Gostoso. Ele é o maestro de uma hilariante bandinha feminina formada por senhoras idosas e beatas. Orgulho da pequena cidade, a banda é mantida pelos donativos recolhidos pela igreja.

Os filhos de Gostoso se envolvem com os do patrão e ele resolve sair da fazenda para evitar perseguições. Expulso das terras onde vive, Gostoso recomeça a vida na cidade, indo morar em um depósito de ferro-velho na cidade. Ao encontrar um saco de joias ele é acusado de roubo e tem que fazer de tudo para provar sua inocência. Como o querido caipira vai se safar dessa vez? 

Reprise. 100 min.
Classificação indicativa: Livre
16h30, na TV Brasil
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Domingo, 14 de agosto
Calypso Rose
00h, na TV Brasil

Título original: Calypso Rose. País de origem: Trinidad e Tobago, França e EUA. Ano: 2011. Gênero: documentário. Direção: Pascale Óbolo.

Embaixatriz da música caribenha, a carismática Calypso Rose é uma lenda viva. Para homenageá-la, a cineasta franco-camaronesa Pascale Óbolo passa quatro anos com a diva da Calypso Music em uma trajetória muito especial. A turnê percorre Paris, Nova Iorque, Trinidad, Tobago e volta para a África constituindo uma viagem que apresenta as diversas perspetivas da arte afro-caribenha.

O documentário aborda não só a memória, o intercâmbio e a descoberta de diversas culturas do mundo, mas é também a jornada de uma mulher militante e autêntica. Pascale Óbolo desvenda as muitas faces da protagonista: cantora e compositora radiante, feminista, espiritualista, celebridade e mulher consciente de sua origem escrava.

Com uma refinada edição, o filme traça o perfil da artista trinitária ao costurar cenas nos Estados Unidos, na França em terras africanas e em seu país de origem. O documentário recebeu Menção Honrosa no Festival de Ourdah e foi reconhecido em outros festivais de cinema ao redor do mundo. 

Reprise. 85 min.
Classificação indicativa: Livre
00h, na TV Brasil
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Domingo, 14 de agosto (madrugada de domingo para segunda-feira)
Marighella
02h30, na TV Brasil

Ano: 2012. Gênero: documentário. Direção: Isa Grinspum Ferraz. Narração: Lázaro Ramos.

Maior nome da militância de esquerda no Brasil dos anos 1960, Carlos Marighella atuou nos principais acontecimentos políticos do Brasil entre os anos 1930 e 1969 e foi considerado o inimigo número 1 da ditadura militar brasileira. Líder comunista, vítima de prisões e tortura, parlamentar, autor do mundialmente traduzido “Manual do Guerrilheiro Urbano”, sua vida foi um grande ato de resistência e coragem.

Dirigido por sua sobrinha Isa Grinspum Ferraz, o longa-metragem "Marighella" é uma construção histórica e afetiva desse homem que dedicou sua vida a pensar o Brasil e a transformá-lo através de sua ação.

O filme tem narração do ator Lázaro Ramos e foi premiado no Festival de Cinema de Havana (2011), Mostra Internacional do Rio de Janeiro (2011), Mostra Internacional de São Paulo (2011), 7º Mostra dos Direitos Humanos (2012) e Ventana Sur (2012). 

Reprise. 100 min.
Classificação Indicativa: 16 anos 
02h30, na TV Brasil
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Terça-feira, 16 de agosto
Álbum de Família

23h, na TV Brasil

Ano: 2009. Gênero: documentário. Direção: Wallace Nogueira.

O documentário “Álbum de Família” resgata os laços perdidos pela desestrutura familiar causada pela infidelidade e falta de compromisso da figura paterna que regia a família do diretor Wallace Nogueira. O filme trata da inquietude do filho (Wallace), diante da morte de sua mãe, vítima de um câncer de mama que surge a partir de sua separação. Há alguns anos longe de seu pai e sem conhecer a sua atual família, Wallace decide revisitá-lo para, com ele, recuperar o álbum de fotos abandonado na antiga fazenda da família. Durante o trajeto, juntos na estrada, pai e filho repassam em memória momentos, lugares e emoções que viveram. E acabam por trocar experiências e confidências, deparando-se com sentimentos de raiva, de culpa, desamparo e traição. Com abordagem direta nas atitudes, reações e expressões de pai e filho em contato durante muito tempo ao longo da viagem, se revela um processo de imensa força emocional onde cada um deles se liberta e se redime de seus próprios conflitos.

O documentário recebeu o Prêmio do Júri de Melhor Longa-Metragem do Cine Esquem Novo 2011 e o Prêmio de Melhor Filme realizado em Salvador no VI Panorama Internacional Coisa de Cinema.

Inédito. 52 min.
Classificação Indicativa: Livre
Horário: 23h
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Quarta-feira, 17 de agosto
Lara
22h, na TV Brasil

Ano: 2002. Gênero: documentário. Direção: Ana Maria Magalhães.

Lara conta a agitada história da atriz Odete Lara, considerada uma das musas do Cinema Novo. Dirigido por Ana Maria Magalhães, a cinebiografia lançada em 2002 traça um panorama sobre a vida e a obra da artista que faleceu em 4 de fevereiro de 2015.
Filha de um operário italiano, a artista saiu da periferia de São Paulo para tornar-se a Deusa Loira do cinema brasileiro. Com trilha sonora de Dori Caymmi, o longa se baseia em diferentes momentos de sua trajetória para fazer um retrato de mulher, de uma geração e do mundo em que ela construiu a sua carreira.

A estonteante beleza de Odete Lara lhe abriu muitas portas, mas rapidamente seu talento também foi reconhecido. Ela começou fazendo desfile de moda – apesar de ter apenas 1,60m de altura -, foi garota propaganda da TV Tupi antes de ser atriz do teatro onde conheceu o sucesso.

Do teatro ao cinema foi um pulo. O cinema deu a Odete o status de estrela. Ela se tornou uma das mulheres mais cobiçadas do país. Apesar disso, o sucesso não trouxe felicidade. Ela teve várias relações amorosas decepcionantes e destrutivas.

A trama tem como pano de fundo os 30 tumultuados e mais importantes anos da vida brasileira no século passado: dos anos 1930 a meados dos anos 1970. Três atrizes interpretam Odete Lara em épocas diferentes de sua vida. Luanne Louback faz Odete criança, Maria Manoella é a adolescente e Christine Fernandes é a atriz adulta. Caco Ciocler protagoniza Guima, o personagem masculino mais importante na vida de Odete.

Na infância, Lara Brandini (Christine Fernandes) era uma menina depois da morte de sua mãe por suicídio. Durante a adolescência, ela viveu em uma pensão modesta com seu pai, Francesco (Camilo Bevilacqua). Ao crescer e se tornar atriz, Lara passa a viver com Guima (Caco Ciocler), um dramaturgo que teve sua peça teatral censurada pelo governo. Após a liberação do espetáculo, o texto é montado com Lara no elenco, mas logo depois ela e Guima se separam.

Em busca da ascensão profissional, a artista se dedica totalmente à carreira e acaba sendo premiada como a melhor atriz do ano, até descobrir que o sucesso artístico não a fizera feliz como almejava ser. 

Reprise. 107 min.
Classificação Indicativa: 16 anos
Horário: 22h
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Quarta-feira, 18 de agosto
Pátria
19h30, na TV Brasil

Ano: 2012. Gênero: Documentário. Direção: Fábio Meira.

O vôlei feminino só conquistou sua primeira medalha olímpica em 1996, nos Jogos de Atlanta. As responsáveis por este feito foram Fernanda Venturini, Ana Moser, Márcia Fu, Hilma, Ana Flávia, Ida, Ana Paula, Virna, Leila, Fofão, Filó e Sandra. Base da equipe titular da seleção, as atletas trouxeram o bronze para o Brasil após um emocionante jogo contra a seleção russa.

Até então, a modalidade não contava com tantos investimentos. A partir do exemplo desse grupo vitorioso, mudou-se a percepção, dando maior importância ao esporte.

Quem não se lembra da fatídica semifinal contra Cuba? Talvez seja essa a principal recordação dos brasileiros em relação a essa equipe: a explosiva rivalidade entre as seleções femininas de vôlei na década de 90, com foco na disputa olímpica de Atlanta.

Além de mostrar diversas cenas daquela histórica semifinal, o documentário “Pátria” recupera imagens de arquivo e traz entrevistas com atletas e comissão técnica, além do depoimento de jogadoras de gerações anteriores, como Jaqueline e Isabel.

O filme percorre o caminho da conquista da medalha, visitando locais emblemáticos como o Mineirinho, o Maracanazinho e o ginásio do Ibirapuera. Naquela oportunidade, as meninas do Brasil chegaram pela primeira vez a uma final de um campeonato mundial, embaladas por 25 mil torcedores.

A produção também vai em busca da tricampeã olímpica Mireya Luís, antagonista dessa saga e notória algoz da seleção nacional e do técnico da seleção cubana, Eugênio Jorge. O diretor Fábio Meira reuniu Ana Moser, Marcia Fu, Virna além das rivais Mireya Luís, Regla Torres e Carvajal para ver o jogo de novo. A reação das atletas remete às provocações da época.

O documentário “Pátria” conta a trajetória desse formidável elenco de vôlei feminino que conquistou o primeiro pódio olímpico da modalidade, com a medalha de bronze, e colocou o Brasil na elite do esporte. 

Reprise. 26 min.
Classificação Indicativa: Livre
19h30, na TV Brasil
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Sábado, 20 de agosto
Árido Movie
23h, na TV Brasil

Ano: 2006. Gênero: drama. Direção: Lírio Ferreira, com Guilherme Weber, Giulia Gam, Gustavo Falcão, Selton Mello, José Dumont.

Jonas (Guilherme Weber) é um famoso repórter do tempo de uma grande emissora de televisão que mora em São Paulo. Ele retorna à sua cidade-natal, no interior do Nordeste, para o enterro do pai (Paulo César Pereio) com quem teve pouquíssimo contato e que foi assassinado.

No caminho para a região, Jonas enfrenta problemas para chegar ao seu destino até que recebe carona de Soledad (Giulia Gam). A videomaker que está fazendo um documentário sobre a água no sertão. Ao chegar à cidade, ele encontra uma parte da família que não conhecia até então. Os parentes cobram que ele se vingue da morte do pai.

O drama “Árido Movie”, dirigido por Lírio Ferreira, conquistou seis prêmios no Festival Cine PE nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Selton Mello), Melhor Fotografia, Melhor Edição e Prêmio da Crítica.

A Associação Paulista de Críticos de Arte reconheceu a produção com o prêmio de Melhor Edição. O filme ainda ganhou o prêmio Lente de Cristal na categoria de Melhor Diretor no Festival de Cinema Brasileiro de Miami. No Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, o longa recebeu 12 indicações.

Reprise. 115 min.
Classificação Indicativa: 16 anos
23h, na TV Brasil
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Sábado, 20 de agosto (madrugada de sábado para domingo)
Caminho à Baixada
01h, na TV Brasil

Título original: Rumo a La Hoyada. País de origem: Peru. Ano: 2014. Gênero: documentário. Direção: Andrés Cotler.

Trinta anos depois do início da guerra civil no Peru e dez anos após a entrega do Informe da Comissão da Verdade, o documentário "Caminho à Baixada" questiona o destino dos 16.000 desaparecidos pela ação do Estado peruano e pelo Sendero Luminoso nos Andes peruanos.

Dirigido por Andrés Cotler, o documentário narra a história de três personagens que viajam de diversos vilarejos à cidade de Huamanga, em Ayacucho, onde esperam receber os restos mortais de seus familiares e dar-lhes um enterro digno.

No trajeto, eles falam sobre a violência e a dor que tiveram que enfrentar, contam histórias de suas vidas e destacam a luta incessante para sobreviver a essa época. No caminho encontramo outros personagens com quem reconstroem a memória de seu tempo. 

Reprise. 52 min.
Classificação Indicativa: 14 anos
01h, na TV Brasil

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Domingo, 21 de agosto
O grande xerife
16h30, na TV Brasil

Ano de estreia: 1972. Gênero: comédia. Direção: Pio Zamuner, com Amácio Mazzaropi, Patricia Mayo, Paulo Bonelli, Tony Cardi, Augusto César Ribeiro.

Mazzaropi interpreta um viúvo pai de Mariazinha. Ele é o morador mais antigo de Vila do Céu onde vive cuidando da vida dos outros. Um dia, chega na cidade, disfarçado de padre, o bandidão João Bigode.

O maldoso mata o xerife e põe Pororóca em seu lugar. A confusão está armada e só o nosso Grande Xerife pode proteger a cidade. 

Reprise. 95 min.
Classificação Indicativa: Livre
16h30, na TV Brasil
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Domingo, 21 de agosto (meia noite de domingo para segunda-feira)
Ezra
00h, na TV Brasil

Título original: Ezra. País de origem: Nigéria. Ano: 2007. Gênero: drama. Direção: Newton I. Aduaka, com Mamoudu Turay Kamara, Mariame N'Diaye, Mamusu Kallon, Richard Gant.

Ex-lutador da Serra Leoa, o jovem Ezra está batalhando para encontrar seu rumo e voltar a ter uma vida normal após a guerra civil que devastou o seu país. A rotina do rapaz é dividida entre um centro de reabilitação psicológica e um tribunal de reconciliação nacional organizado sob autorização da ONU.

Durante o julgamento de reabilitação em que Ezra participa, ele tem que enfrentar sua irmã que o está acusando do assassinato de seus pais. O jovem, porém, não se lembra de nada.

Quando o tribunal busca estabelecer a participação do rapaz na guerra civil em Serra Leoa, Ezra resgata seus anos como criança soldado. Toda a confusão e violência dessa experiência é vista nas recordações do atormentado adolescente.

Ezra oscila entre os alucinados fragmentos de memória e a sua relutância em confrontar horríveis segredos do passado, também testemunhados por sua irmã Onitcha, cujas terríveis lembranças a deixaram muda.

Selecionado para a Semana da Crítica em Cannes, o drama nigeriano dirigido por Newton I. Aduaka conquistou o Grande Prêmio no Festival Ouagadougou. 

Reprise. 103 min.
Classificação Indicativa: 16 anos
00h, na TV Brasil
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Domingo, 21 de agosto (madrugada de domingo para segunda-feira)
Disparos
02h30, na TV Brasil

Ano: 2012. Gênero: ação, policial, suspense. Direção: Juliana Reis, com Gustavo Machado, Caco Ciocler, Julio Adrião, Dedina Bernardelli.

Ao sair de uma sessão de fotos para um guia gay do Rio, Henrique (Gustavo Machado) é assaltado por dois motoqueiros armados. Ele assiste, estupefato, ao atropelamento dos ladrões, por algum motorista solidário.

De alma lavada, Henrique recupera sua câmera e segue seu caminho, mas retorna buscar o cartão de memória com as fotos que fez, caído durante o incidente. Ele passa assim a acusado do crime de omissão de socorro, do qual seu agressor é a vitima.

Dali, Henrique é levado para a DP e, em seguida, para a emergência do hospital Souza Aguiar, tentando se inocentar, ainda que sentindo-se cada vez menos inocente.

Baseado em fatos reais, o longa é um thriller político e social, com uma trama de ação policial, que tematicamente, destrincha o instante na vida de um indivíduo confrontado com a violência urbana e examina o quanto dessa violência não é carregada para dentro do espaço privado das relações interpessoais.

A perplexidade é o fio condutor deste relato, a partir de uma narrativa imparcial e sem julgamento. Como sobrevivem e evoluem as relações humanas quando expostas a altos índices de violência urbana e barbárie social?

Estas são as principais questões abordadas em “Disparos” que não perde o foco testemunhal e onisciente sobre a violência urbana.

A história também é sustentada pelo olhar dos personagens secundários como o do atropelador do assaltante, o motoboy cúmplice que foge mancando, a jovem turista que, em defesa do bandido moribundo, quase é linchada.

Filme de estreia como diretora da roteirista Juliana Reis, o drama “Disparos” participou da Mostra Competitiva da Première Brasil, durante o Festival do Rio 2012, e foi premiado em três categorias: Melhor Fotografia Melhor Montagem; e Melhor Ator Coadjuvante (Caco Ciocler). Em sua trajetória internacional, o longa conquistou o prêmio de Melhor Fotografia no Festival de Los Angeles.

Reprise. 82 min.
Classificação indicativa: 14 anos
02h30, na TV Brasil

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