Região: Centro-Oeste | Classificação Indicativa: livre | Direção: Patrícia Alves Dias
Gênero: Animação
Quantidade de episódios: 13
Duração de cada episódio: 7 minutos
A série de animação O MENINO QUE ENGOLIU O SOL que apresenta experiências sensórias do diálogo da criança com a natureza. Quando o dia acorda, o Menino Manoel e os bichos saem para brincar no quintal, onde tem Rio de Cobras, Árvores Pássaros e Peixe-Cachorro. Seu quintal é maior que o Mundo. É o PANTANAL.
Acontece que quando o dia dorme, Manuel tem tanto medo do escuro, que ele não quer dormir e, nem comer – sua barriga está cheia de medo. Donanna, sua avó, que passa os dias lavando, cozinhando e passando, acredita que Manuel tem doença alimentar e diz que a gente é o que come. Para apagar seu medo, ele resolve comer Luz, percebe que a mais brilhante é o Sol. Decide comer um pedaço do Sol que seu telhado costuma tocar. Porém, não foi apenas um pedacinho que ele comeu, foi o Sol inteiro. E Mundo todo fica no escuro.
O Menino descobre que todos os seres têm luz própria. E durante a noite todos continuam a brilhar. Assim, sem medo, Manuel pode voar bem alto para o dia voltar a nascer.
Sinopses dos episódios:
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Direção:
Patrícia Alves Dias
Patricia ALVES DIAS (1965, Olinda), realizadora e criadora de cinema infanto-juvenil, tem especialização em cinema de animação pelo National Film Board of Canada (NFBC, CA). Foi artista visitante dos Estúdios de Animação J. Trnka em Barrandov, na República Tcheca É mestre em educação com especialização em infância, juventude e cultura contemporânea (UERJ, BR) e graduada em jornalismo (UFRJ, BR). Pelo conjunto de sua obra, recebeu os títulos de AMIGA DO CINEMA INFANTIL no Festival de Cinema Infantil (FICI) e AMIGA DA CRIANÇA na Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Tem conteúdos premiados no Japan Prize, UNICEF/OETI Barcelona, Animamundi, Prix Jeunesse America Latina, Nueva Mirada, Ottawa Animation, Festival de Havana, CINANIMA. Foi finalista na UNICEF Premio ibero-americano deComunicación de los Derechos de La Niñez y la Adolescência e seu projeto Carta Animada pela Paz recebeu o título da UNESCO/Paris de Melhores Práticas de Mídia da América Latina. Assina a produção, direção e roteiro da série O MENINO QUE ENGOLIU O SOL (13 x 7’), financiada com recursos públicos FSA/PRODAV/EBC.
Prêmios e Participações: (este espaço será atualizado durante o período de distribuição da edição)
Sinopses dos episódios:
Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do Ninho direto para o Quintal. E a cada dia, o que mais ele gostava de fazer, era voar fora da asa, encurtar o Rio que fica de costas para o Quinta.
Nessa manhã, ele brincou de aguar o Rio com uma Latinha furada. No Rio, comprido e sem fim, morava o Amigo Peixe-cachorro.
O Menino era cheio de invencionices para o dia não dormir. Naquela tarde, quis despor o Sol com uma linha do horizonte feita da teia da Aranha. Mas era hora de entrar, de comer, de dormir. E a Avó fez ternura.
Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro.
Amigos, Menino, Moscas, Borboletas, Pássaros e Jacarés, desde a beira do Rio, avistaram uma Saracura. A Terra ficou vermelha e choveu Mar dentro da Concha. Quando o Céu tinha mais inseto que o Menino chegou a noite. Era hora de entrar, de comer e dormir. O Menino só dormiu porque ia amanhecer logo, com sua Avó.
Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Nas manhãs, o Menino fazia de conta que vento tinha rabo e Bosques eram de águas de Andorinhas. Ariranhas voavam na Terra. Nas tardes, brincava de colecionar sons para a noite não encostar.
Era hora de ir para casa, de comer, de dormir. Teve fome de Luz.
Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro.
Um dia, viu um sapo virar bicho pau e a cobra andou no olho do Menino. Era dia de ir para a escola de canoa, porque Manoel já era Menino grande. Na escola aprendeu que seu Quintal um dia havia sido só água, céu e Sol: era o Mar dos Xaraés. A noite trouxe um cortejo de Vaga-lumes Guatós e alumiou o Medo e o Menino. Era hora de ir para casa, comer e dormir.
Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Um dia, o Menino guardou a manhã no passarinho. Pardal, açucena, garça, beija-flor, socó, sabiá, quero-quero, tuiuiú e virou árvore antes da noite encostar. Era hora de ir para casa, comer e dormir. Ao lado do pardal, o Menino dormiu antes.
6 DIA 6 ou AKÓ CÉNE KAÉKA I-RÁ
Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do ninho direto para o Quintal. Naquele dia choveu torto e o Menino inventou uma canoa de folhas e tibummm, foi na casa dos jacarés, peixes, rãs, ariranhas e raias, brincar de fazer de conta. A tarde, quando a noite emedou o Menino, inventou um guardador de Dia.
7 DIA 7 ou ACO DÚNI KAÉKA I-RÁ
Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do ninho direto para o Quintal.
O Menino e a Onça colecionavam o silêncio de dias quentes. Nem folha se movia.
Mas no entardecer, as cercas de Corujas do quintal perseguiam o Sol. O Menino entendeu que o Sol é o que mais brilha.
8 DIA 8 ou ACO CÚMU KAÉKA I-RÁ
Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do ninho direto para o Quintal.
Antes da Aurora, Menino, Lesmas, Pedras, Aves e Sapos faziam poesia. Uns falavam com os outros. Mais tarde, na hora de entrar, comer e dormir, o Menino viu iluminado em cima da casa, o Sol. Ele era frio. Pronto, o Menino entendeu: podia comer um tiquinho do Sol para iluminar os cantinhos escuros do Mundo.
9 DIA 9 ou ACO RÉKAI KAÉKA I-RÁ
Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do ninho direto para o Quintal. As Garças chamavam calor, Menino E o SOL. O dia empassarinhou e Menino, amigos e Latinha maravilhosa fizeram de conta que Navio era Canoa. A Noite ficou quente. Menino e o Sol dormiram.
Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do ninho direto para o Quintal. O Menino viu músicas estendidas no Varal. Quis Apregoar o SOL por cigarras. Isso fazia as horas guardar LUZ. A Avó sabia que era na noite que passarinho ficava órfão. Se ocupou só do Menino e de Silêncio que desenchia o Medo.
Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Quando o dia acordava, ele pulava do ninho direto para o Quintal. Quando a chuva deformou o dia e o Sol esqueceu de levantar, Menino calçou as Latas Enferrujadas e o Rio ficou gordo. E o Sol dormiu no telhado.
Manoel era um pouco Menino, um pouco Pássaro. Naquele dia, o MENINO acordou antes da Avó, da Aurora e do Telhado que ainda dormia. Quando amanhecia pássaros, a Aurora não durou nem um instante. Nhoque, o Menino abocanhou o Sol.
O escuro ficou maior que o infinito Era Dia. Mas era Noite.
No Dia-Noite, Rios, rãs e jacarés banharam o escuro. Menino encosta a Luz no Quintal e a Noite não faria nunca mais silêncio de não passarinho. Hora de voltar para casa. E as crianças de grande que eram e viviam naquele quintal… o que mais lhes gostavam era voar fora e encurtar o RIO.